21 de mai 2025
Governador de São Paulo promete fim da Cracolândia, mas usuários se dispersam pela cidade
Vice prefeito de São Paulo, Mello Araújo, planeja reduzir equipamentos sociais no centro para combater a Cracolândia e fechar estabelecimentos irregulares.
Novas aglomerações no Centro de São Paulo após a dispersão da Cracolândia (Foto: Edilson Dantas / O Globo)
Ouvir a notícia:
Governador de São Paulo promete fim da Cracolândia, mas usuários se dispersam pela cidade
Ouvir a notícia
Governador de São Paulo promete fim da Cracolândia, mas usuários se dispersam pela cidade - Governador de São Paulo promete fim da Cracolândia, mas usuários se dispersam pela cidade
O vice-prefeito de São Paulo, Mello Araújo (PL), anunciou que a prefeitura planeja reduzir o número de equipamentos sociais no centro da cidade. A medida visa combater a Cracolândia, um ponto crítico de uso de drogas. A gestão municipal pretende fechar estabelecimentos irregulares que facilitam o acesso a drogas.
Durante uma visita à região, Mello Araújo conversou com moradores e comerciantes, que solicitaram o fechamento de locais como o Bom Prato Refeitório Luz, inaugurado em dezembro de 2023. Segundo os moradores, o refeitório atrai pessoas em situação de rua, que acabam acumulando sujeira nas proximidades. O vice-prefeito também mencionou que a prefeitura deve fechar uma série de estabelecimentos irregulares ainda nesta terça-feira.
A Cracolândia já foi alvo de diversas gestões, mas as soluções anteriores resultaram em migrações dos usuários para outras áreas. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que a Cracolândia "vai acabar", mas a população já ouviu promessas semelhantes no passado. Novos pontos de concentração de usuários têm surgido em locais como a esquina da Rua Helvétia com a Avenida São João e na Praça Princesa Isabel.
As estratégias de combate ao uso de drogas variaram ao longo dos anos, com táticas que vão desde a redução de danos até abordagens mais agressivas. O vice-prefeito afirmou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) e a Polícia Militar estão atuando para dispersar grupos de usuários e oferecer tratamento. No entanto, relatos indicam que a abordagem tem sido violenta, com usuários sendo forçados a se dispersar.
A gestão atual, sob Ricardo Nunes (MDB), tem dado protagonismo à GCM, que agora atua com armamentos pesados e realiza revistas frequentes. A estratégia é evitar a aglomeração de usuários, mas a migração constante dos dependentes químicos pelo centro continua a ser um desafio. O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PP), defendeu a concentração das ações na área central, em vez de permitir a pulverização dos usuários.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.