21 de mai 2025
Comerciantes de São Paulo temem invasões e insegurança após dispersão da Cracolândia
Comerciantes da região central de São Paulo relatam aumento da insegurança e migração de usuários da Cracolândia para novas áreas.
Policiais Militares durante ronda na Praça Marechal Deodoro, no centro de São Paulo. (Foto: Taba Benedicto/Estadão)
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Recentemente, o vice-prefeito de São Paulo, Mello Araújo, anunciou planos para reduzir o número de equipamentos sociais no centro da cidade, em meio a um aumento da insegurança e migração de usuários de drogas para novas áreas. Comerciantes relatam preocupações com invasões e assaltos, especialmente nas ruas Helvétia, Glete e Praça Marechal Deodoro.
O comerciante Aldino de Magalhães, de 53 anos, recebeu um alerta sobre um grupo de usuários em frente ao seu estabelecimento na Rua Helvétia. Ele expressou sua preocupação com a segurança e a redução da clientela. A Secretaria da Segurança Pública do Estado afirmou que atua em conjunto com a Prefeitura para combater a criminalidade e oferecer apoio aos dependentes químicos.
Após a dispersão da Rua dos Protestantes, onde havia uma concentração significativa de usuários, pequenos grupos começaram a se formar em diferentes pontos do centro. O vice-governador Felício Ramuth destacou que muitos dependentes estão sendo internados em hospitais e casas terapêuticas. No entanto, comerciantes como um gerente de restaurante na Praça Marechal Deodoro afirmam que a insegurança é uma rotina.
Medidas de Segurança
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que medidas de segurança estão sendo implementadas em colaboração com as secretarias de Saúde e Desenvolvimento Social. A SSP acredita que essas ações têm contribuído para a diminuição do número de dependentes na região. Contudo, a percepção dos comerciantes é de que o problema apenas mudou de lugar.
Iezio Silva, presidente da Associação Pró-Campos Elíseos, monitora grupos de usuários e relata que alguns comerciantes desistiram de seus negócios devido à insegurança. A Prefeitura identificou 32 ruas no centro com a presença de usuários de drogas. Enquanto isso, em uma lanchonete na Avenida Rio Branco, a situação é considerada melhor, mas o gerente reconhece que o problema persiste em outras áreas.
Estratégias em Andamento
Na última segunda-feira, a Guarda Civil Metropolitana (GCM) e a Polícia Militar (PM) realizaram abordagens na região do Terminal Princesa Isabel para evitar novas aglomerações. O prefeito Ricardo Nunes afirmou que o fluxo de usuários tem diminuído, mas a migração para novas áreas continua a ser um desafio.
O vice-prefeito Mello Araújo, em entrevista, mencionou que a prefeitura está considerando o fechamento de alguns equipamentos sociais, como o Bom Prato Refeitório Luz, para reduzir a presença de usuários na região. Ele também se comprometeu a investigar episódios de violência durante a remoção de usuários.
Comerciantes e moradores da área pedem ações mais efetivas para garantir a segurança e a revitalização do centro. A situação na Cracolândia continua a ser um tema complexo, com a necessidade de um equilíbrio entre segurança pública e assistência social.
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