Política

Contag busca flexibilização de descontos no INSS em ofícios durante governos recentes

Contag enfrenta investigações após desbloqueio irregular de 34.487 benefícios do INSS, levantando suspeitas de irregularidades.

Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, mira fraudes no INSS (Foto: Divulgação)

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A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) pressionou o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) para flexibilizar regras de revalidação de autorizações de desconto em benefícios. O pedido foi feito durante as gestões de Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva. Documentos obtidos pelo UOL mostram ofícios datados de setembro de 2022 e outubro de 2023, onde a Contag solicita a exclusão da exigência de revalidação para descontos de mensalidades associativas.

A Contag é a entidade com o maior número de descontos em benefícios do INSS, totalizando 1,3 milhão de pessoas. O acordo com o INSS, que começou na década de 1990, já enfrentou questionamentos sobre sua legalidade. Em 2022, a confederação reclamou da revalidação das autorizações, que é exigida por lei. O ofício de 2023, enviado um mês antes do desbloqueio irregular de 34.487 benefícios, pedia a liberação de 32 mil autorizações represadas.

Irregularidades e Investigações

A auditoria do INSS apontou que o desbloqueio foi feito de forma irregular, com justificativas consideradas infundadas. Apenas 213 beneficiários haviam comprovado as assinaturas necessárias para o desbloqueio. A situação levou a Justiça Federal a autorizar buscas na sede da Contag e na residência de seus dirigentes, incluindo o presidente Aristides Veras dos Santos e a secretária-geral Thaísa Daiane Silva.

A Contag nega qualquer irregularidade. Em nota, a confederação afirmou que todos os documentos foram enviados ao INSS e que o número elevado de autorizações se deve a três anos de represamento. A entidade argumenta que os documentos atendem aos critérios legais estabelecidos e que o pedido de 2023 foi o terceiro para desbloqueio.

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