Política

Universidades federais anunciam cortes de gastos após restrições orçamentárias do governo

Universidades federais enfrentam cortes orçamentários severos, comprometendo serviços essenciais e gerando preocupações sobre sua sustentabilidade.

Laboratório da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de São Paulo (USP) (Foto: Paulo Fonseca de Campos/Divulgação)

Laboratório da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de São Paulo (USP) (Foto: Paulo Fonseca de Campos/Divulgação)

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O governo de Luiz Inácio Lula da Silva anunciou restrições orçamentárias significativas para as universidades federais, limitando a liberação de recursos e promovendo um congelamento de verbas. O decreto de 30 de abril determinou que apenas 61% do orçamento autorizado até novembro seria liberado. Além disso, um congelamento de R$ 31,3 bilhões foi implementado nos ministérios.

As universidades federais, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), já começaram a adotar medidas de economia. Essas ações incluem a suspensão de viagens acadêmicas e a interrupção da compra de equipamentos. A reitora da UFRGS, Marcia Barbosa, expressou preocupação com a manutenção de serviços essenciais, como limpeza e segurança, devido à falta de recursos.

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) não divulgou o valor exato do corte, mas dados indicam uma redução de cerca de R$ 218 milhões no orçamento discricionário das universidades. Essa quantia é destinada a despesas não obrigatórias, como investimentos e custeio. As instituições temem não conseguir pagar serviços essenciais nos próximos meses.

Medidas de Economia

As universidades estão priorizando a manutenção de auxílios estudantis e bolsas. A UFRJ anunciou a suspensão de despesas relacionadas a combustíveis, manutenção da frota veicular e aquisição de material de consumo. Para atender às necessidades mínimas, a UFRJ precisa de suplementação de R$ 173 milhões.

Na UFRGS, as medidas incluem a suspensão de diárias e passagens, o que resultou na interrupção de concursos públicos para docentes. A reitora da UFRGS destacou que a mudança no fluxo financeiro deveria impactar obras, mas não o custeio diário das atividades. A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) também adotou cortes, incluindo ajustes em contratos de limpeza e segurança.

O Ministério do Planejamento afirmou que as medidas visam ajustar o ritmo de execução das despesas, sem bloqueio de verbas. O Ministério da Educação (MEC) reconheceu que as dificuldades são reflexo de restrições orçamentárias anteriores e está em diálogo com as universidades para tentar recompor o orçamento do ensino superior federal.

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