23 de mai 2025


Medida do IOF gera críticas e abala a confiança na equipe econômica do governo
Governo brasileiro recua de medida de IOF sobre investimentos no exterior, revelando falhas na comunicação da equipe econômica e gerando desconfiança no mercado.
Foto:Reprodução
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O governo brasileiro anunciou um recuo na medida de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre investimentos em fundos no exterior. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou a decisão como uma "correção de rota" para evitar especulações no mercado financeiro. A medida anterior gerou reações negativas, sendo interpretada como um controle de capitais.
O episódio expôs falhas na comunicação e no planejamento da equipe econômica, afetando sua credibilidade. Haddad reconheceu que a taxação foi um erro e que a Fazenda não percebeu a reação adversa do mercado. A falta de diálogo com o Banco Central também foi um ponto crítico, já que a alteração impacta diretamente a política monetária.
Erros Identificados
Três principais erros foram destacados: a implementação da medida, a incapacidade de prever a reação do mercado e as falhas de comunicação que envolveram o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. A Fazenda tem adotado uma estratégia de não antecipar medidas em estudo, o que, embora ético, pode resultar em problemas como o ocorrido com o IOF.
O episódio ofuscou um ganho significativo no Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, que trouxe uma contenção de R$ 31 bilhões no orçamento. Essa contenção deveria ter reforçado a credibilidade de Haddad e da ministra Simone Tebet, mas agora as duas pastas enfrentam críticas e desconfiança do mercado financeiro.
Desgaste Interno
O recuo na medida gerou desgaste interno, especialmente entre Haddad e outros ministros, como os da Secretaria de Comunicação e do Planejamento. A resistência a suas propostas ficou evidente, aumentando seu isolamento. Haddad buscou assumir a responsabilidade pelo erro, convocando a equipe do Planejamento para reavaliar os números e propor novas contenções de gastos.
Apesar da rápida resolução com o mercado, o episódio pode ter desdobramentos negativos para a equipe econômica, que agora enfrenta um desafio de reconstruir sua imagem e credibilidade.
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