25 de mai 2025

Bancadas estaduais ignoram segurança pública ao enviar emendas para 2025
Em 2025, quinze bancadas estaduais, incluindo sete dos estados mais violentos, não alocaram recursos para segurança pública, apesar do aumento total de verbas. A destinação de R$ 1,06 bilhão em emendas revela uma priorização de saúde e educação, com São Paulo liderando as alocações. Críticas surgem sobre a eficácia dos investimentos na segurança, enquanto a lógica de destinação de recursos é questionada por parlamentares.
Foto:Reprodução
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Apesar da segurança pública ser frequentemente apresentada como prioridade no Congresso, em 2025, quinze bancadas estaduais não destinaram recursos para a área. Entre elas, estão sete dos dez estados mais violentos do Brasil, conforme dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
O total de verbas alocadas para segurança pública aumentou, alcançando R$ 1,06 bilhão em emendas, mas muitos parlamentares ainda priorizam saúde e educação. Em 2023, foram empenhados cerca de R$ 500 milhões, valor que subiu para R$ 834 milhões em 2024. As bancadas estaduais foram responsáveis por R$ 793,8 milhões desse total, representando 74,7% do valor destinado à segurança.
Desigualdade na Alocação
A bancada de São Paulo liderou as alocações, com R$ 254,4 milhões, seguida por Minas Gerais e Paraná. O orçamento de 2025 prevê R$ 50,3 bilhões para emendas parlamentares, sendo que a saúde concentra o maior volume, com R$ 26,3 bilhões. Os parlamentares são obrigados a aplicar metade das emendas na saúde, o que limita a destinação para segurança.
Os coordenadores das bancadas dos estados mais violentos justificam a falta de recursos para segurança pública. O deputado Paulão (PT-AL) afirmou que as emendas priorizam saúde e educação. A deputada Coronel Fernanda (PL-MT) mencionou que recursos foram direcionados à saúde para liberar verbas estaduais para segurança.
Críticas e Desafios
O secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Marivaldo Pereira, destacou que as emendas são essenciais para financiar políticas públicas. No entanto, Felippe Angeli, do Justa, criticou a aplicação dos recursos, afirmando que os investimentos não têm gerado resultados efetivos na segurança.
Entre os 97 integrantes das Comissões de Segurança Pública, quase 48,5% não enviaram recursos. O presidente da Comissão da Câmara, Paulo Bilynskyj (PL-SP), apontou que a destinação de recursos não segue uma lógica coerente com as prioridades de segurança pública.
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