Meta revela que 86% dos pais brasileiros apoiam controle parental em downloads de apps

Uma pesquisa divulgada pela Meta, controladora do Instagram, Facebook e WhatsApp, revela que 86% dos pais brasileiros apoiam uma lei que exija autorização parental para downloads de aplicativos por menores de 16 anos. O levantamento, realizado pela Ipsos, ouviu mil responsáveis entre 16 e 23 de abril de 2025. Desses, 56% apoiam totalmente a proposta, enquanto 30% acreditam que a exigência deve ser aplicada a todos os menores de 18 anos.

A pesquisa ocorre em um momento em que a Câmara dos Deputados discute o PL 2.628/2022, que visa estabelecer regras para a proteção de crianças e adolescentes em ambientes digitais. O projeto, de autoria do senador Alessandro Vieira (PSDB/SE), inclui a obrigatoriedade de verificação de idade e controles parentais eficazes.

Preferências dos Pais

A pesquisa também questionou como os pais gostariam de fornecer autorização para o uso de aplicativos. Cerca de 62% preferem que a aprovação ocorra em um único local, nas lojas de aplicativos, enquanto 46% optam por uma autorização em cada plataforma. A Meta defende que a verificação de idade comece nas lojas de aplicativos, como App Store e Google Play, transferindo a responsabilidade para essas empresas.

A gerente de Políticas de Segurança da Meta para a América Latina, Maria Cristina Capelo, afirma que a pesquisa demonstra o apoio dos pais a uma legislação que exija aprovação parental nas lojas de aplicativos. A Meta também está investindo em experiências apropriadas para adolescentes, como a "Conta Adolescente", que impõe restrições a usuários com menos de 16 anos.

Desafios e Implicações

A pesquisa não aborda a confiança dos pais nas redes sociais, mas 85% apoiam a criação de contas com restrições para adolescentes. O debate sobre a regulamentação das redes sociais para proteger crianças e adolescentes tem ganhado força, especialmente após pressões sobre a Meta relacionadas aos impactos das redes sociais na saúde mental dos jovens.

A primeira-dama, Janja, tem se posicionado a favor da regulamentação, incluindo a responsabilização das plataformas. O tema também está sendo discutido em outros países, como nos Estados Unidos, onde diversas legislações locais estão em análise.