Política

Cientistas protestam em Buenos Aires contra cortes drásticos na pesquisa científica

Cientistas argentinos protestam contra cortes orçamentários que ameaçam a pesquisa, com o investimento em ciência previsto para cair a 0,15% do PIB.

Uma mulher com um cartaz de protesto no metrô de Buenos Aires, Argentina, em 28 de maio de 2025. (Foto: Rodrigo Abd (AP))

Uma mulher com um cartaz de protesto no metrô de Buenos Aires, Argentina, em 28 de maio de 2025. (Foto: Rodrigo Abd (AP))

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Mais de 1.000 cientistas protestaram em Buenos Aires e outras cidades argentinas contra os cortes orçamentários no setor de ciência e tecnologia, sob o governo de Javier Milei. Os manifestantes usaram máscaras de gás, inspirados na série "El Eternauta", para simbolizar a luta contra o que chamam de "ciencia-cídio". O orçamento destinado à ciência deve cair para 0,15% do PIB até 2025.

Desde que Milei assumiu a presidência, em 2023, o governo implementou cortes significativos no orçamento, visando reduzir o déficit e controlar a inflação. Como resultado, cerca de 1.300 funcionários do setor científico foram demitidos, e muitos pesquisadores deixaram o país em busca de melhores salários. Fernando Stefani, físico da Universidade de Buenos Aires, afirmou que o financiamento para pesquisas parou completamente, com contratos já aprovados não sendo cumpridos.

A Agência Nacional de Promoção da Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação não lançou novas chamadas para projetos desde o final de 2023. O Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (CONICET), que financia cerca de 280 institutos de pesquisa, tem se limitado a pagar salários, que caíram cerca de 40% desde a posse de Milei. Pesquisadores relatam dificuldades para manter suas atividades, incluindo a alimentação de animais de laboratório.

Embora as ações do governo tenham reduzido a inflação anual para o menor nível em três anos, os preços de alimentos e bens essenciais continuam a subir. Lidia Szczupak, neurocientista da Universidade de Buenos Aires, destacou que os salários dos pesquisadores jovens estão próximos dos níveis de pobreza, enquanto os mais experientes não conseguem sustentar uma vida digna. A situação do sistema de pesquisa é descrita como um "desmantelamento por inação e subfinanciamento".

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