Política

Gastos com deportações nos EUA aumentam 50% sob governo Trump, revela reportagem

Gastos com deportações nos EUA superam US$ 13 bilhões em uma década, revelando um lucrativo sistema privado de detenção e remoção.

Imigrantes deportados pelo governo Donald Trump nos Estados Unidos embarcam de volta ao Brasil. (Foto: Divulgação/Casa Branca)

Imigrantes deportados pelo governo Donald Trump nos Estados Unidos embarcam de volta ao Brasil. (Foto: Divulgação/Casa Branca)

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A campanha de deportação em massa do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, resultou em um aumento de 50% nos gastos com empresas privadas que operam no sistema de expulsões. Segundo uma reportagem do Wall Street Journal, o governo já gastou mais de US$ 13 bilhões (R$ 73,4 bilhões) em contratos relacionados à imigração na última década.

A história de Andry Blanco Bonilla, um venezuelano de 40 anos, exemplifica o funcionamento desse sistema. Após ser detido em várias unidades do complexo de imigração, Blanco foi deportado para El Salvador junto com mais de 200 estrangeiros. Sua trajetória revela como empresas lucram em todas as etapas do processo, desde a detenção até a remoção.

O processo de deportação de Blanco começou em fevereiro de 2024, quando um agente do Serviço de Imigração e Controle de Alfândega (ICE) o acusou de envolvimento com gangues, apesar de não ter antecedentes criminais. Ele foi levado para o centro de detenção Prairieland, no Texas, onde o governo paga cerca de US$ 17 milhões (R$ 96 milhões) por ano. Em seguida, foi transferido para o centro Bluebonnet, também no Texas, que já recebeu mais de US$ 240 milhões (R$ 1,3 bilhão) em contratos desde 2014.

Durante sua detenção, Blanco teve acesso a três refeições diárias, com gastos do governo superiores a US$ 4 milhões (R$ 22 milhões) em alimentação nos últimos anos. O atendimento médico e produtos de higiene também foram fornecidos por empresas que receberam mais de US$ 24 milhões (R$ 135 milhões) desde janeiro.

Após ser liberado em julho de 2024, devido à recusa da Venezuela em aceitar deportações, Blanco retomou sua vida em Dallas. No entanto, em fevereiro de 2025, foi novamente detido pelo ICE. A prática de transferir frequentemente os migrantes tem se intensificado sob a administração Trump, dificultando o rastreamento dos detentos por advogados e familiares.

Em 15 de março de 2025, Blanco e outros 260 migrantes foram deportados para o Centro de Confinamento do Terrorismo (Cecot) em El Salvador, acusados de envolvimento com a gangue Tren de Aragua. As deportações ocorreram sob a vigência da Lei do Inimigo Estrangeiro de 1798, que foi suspensa por um juiz federal. Os Estados Unidos pagam US$ 6 milhões (R$ 33 milhões) por ano ao governo salvadorenho pela detenção desses indivíduos.

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