Política

Lideranças femininas de Chocó enfrentam desafios crescentes em busca de paz e direitos humanos

Suspensão de fundos da USAID agrava crise em Chocó, afetando projetos para mulheres e comprometendo a busca pela paz na região.

Nimia Teresa Vargas Cuesta, diretora da Rede Departamental de Mulheres Chocoanas, e Nervita Moreno López, lideresa comunitária da mesma Rede, no Hotel Mora, em Madrid, em 9 de abril de 2025. (Foto: Pablo Monge)

Nimia Teresa Vargas Cuesta, diretora da Rede Departamental de Mulheres Chocoanas, e Nervita Moreno López, lideresa comunitária da mesma Rede, no Hotel Mora, em Madrid, em 9 de abril de 2025. (Foto: Pablo Monge)

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As lideranças femininas em Chocó, como Nervita Moreno López e Nimia Teresa Vargas Cuesta, enfrentam desafios crescentes devido à violência de grupos armados e à falta de apoio governamental. A situação se agravou com a suspensão dos fundos da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), que impactou projetos essenciais para mulheres vítimas de deslocamento.

A Cruz Vermelha alertou que a situação humanitária em Chocó é a pior desde a assinatura dos Acordos de Paz em 2016. Moreno López, que foi sequestrada pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) em 2010, afirma que a paz na região está em risco. Vargas Cuesta destaca que a falta de apoio governamental e a presença de grupos armados, como o Clan do Golfo e o Exército de Libertação Nacional (ELN), dificultam a construção da paz.

Os projetos que dependiam da USAID, como o restaurante La Paila de mi abuela e a planta de processamento Frutichocó, estão paralisados. Vargas Cuesta estima uma perda econômica de R$ 550 milhões devido à suspensão dos fundos. As lideranças femininas buscam alternativas para fortalecer a paz e a proteção dos direitos humanos, tendo se reunido com a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID) e o Ministério de Assuntos Exteriores da Espanha.

Aumento da Violência e Confinamentos

A violência em Chocó tem aumentado, com um crescimento de 102% nos confinamentos em 2024, segundo a Cruz Vermelha. O ELN impôs paros armados que restringem o acesso a serviços essenciais, como educação e saúde. Vargas Cuesta observa que essa situação gera um aumento da violência sexual, desercção escolar e recrutamento forçado.

A governadora de Chocó, Nubia Carolina Córdoba, denunciou que 80% do território está minado. A falta de atenção do governo e a presença de novos grupos armados após a saída das FARC têm contribuído para o deslocamento forçado de milhares de pessoas. Em 2024, 5.434 pessoas foram forçadas a deixar suas casas.

As lideranças femininas ressaltam a importância do trabalho comunitário e da autoproteção. Elas acreditam que o empoderamento econômico pode ser uma forma de resistência e construção da paz em Chocó.

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