28 de mai 2025
Ministério Público investiga concessão que transforma Parque Ibirapuera em shopping a céu aberto
Ministério Público investiga Urbia por elitização do Parque Ibirapuera, que pode estar se tornando um "shopping center" a céu aberto.
Quiosques localizados dentro do Parque Ibirapuera, zona sul de São Paulo. (Foto: Taba Benedicto/ Estadão)
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O Ministério Público investiga a concessionária Urbia e a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente por suposta elitização e exploração predatória do Parque Ibirapuera, em São Paulo. O inquérito, aberto em dezembro de 2024, aponta que o parque está se transformando em um "shopping center" a céu aberto. O promotor Silvio Marques afirma que a Urbia, com a conivência da Secretaria, está descaracterizando o espaço, que é tombado por órgãos como o Iphan.
O promotor destaca que o Parque Ibirapuera deve ser um bem público de uso comum, sem espaço para monetização ou loteamento. Em coletiva, o prefeito Ricardo Nunes defendeu a concessão e criticou o promotor, sugerindo que ele deveria se candidatar a prefeito. Nunes afirmou que não aceitará pressões e que pretende expandir as concessões.
A Urbia nega as irregularidades e considera as comparações com um shopping center "inverídicas". A concessionária argumenta que os pontos comerciais no parque foram reduzidos em relação ao período anterior à concessão e que os espaços atuais são obrigatórios por contrato. A empresa também menciona a inclusão de 169 vendedores autônomos no projeto.
Denúncias e Eventos
O inquérito investiga a instalação de espaços destinados a um público específico, como a "Casa Nubank Ultravioleta", que oferece serviços exclusivos a clientes do banco. O promotor também aponta que a Secretaria do Verde está permitindo eventos que causam danos à saúde e à fauna local. Desde o início de 2025, o MP apura a cobrança de taxas a treinadores de corrida que utilizam o parque.
A Urbia venceu a concessão do Ibirapuera em 2020, com um contrato de 35 anos que exige acesso livre e gratuito ao parque. O promotor solicitou esclarecimentos sobre as taxas de uso do espaço e os nomes dos agentes públicos envolvidos na fiscalização. A Prefeitura não respondeu se os documentos foram enviados, mas afirmou que o modelo de concessão tem melhorado os serviços à população.
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