29 de mai 2025

BBC
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Política

Deputados franceses aprovam fim das zonas de baixa emissão de poluentes

A proposta de abolir as zonas de baixa emissão na França avança, gerando polêmica entre economia e saúde pública.

Foto:Reprodução

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A Assembleia Nacional da França decidiu, em votação realizada na última quarta-feira, abolir as zonas de baixa emissão (ZFEs), uma medida implementada em 2019 para combater a poluição nas cidades. O resultado foi de 98 votos a favor e 51 contra, refletindo críticas sobre o impacto econômico das ZFEs, especialmente para as populações de baixa renda.

As ZFEs foram inicialmente introduzidas em 15 das cidades mais poluídas da França e, desde então, se expandiram para áreas urbanas com mais de 150 mil habitantes. Os veículos fabricados antes de 1997 foram proibidos de circular nessas zonas, enquanto os modelos mais novos precisam de um adesivo "Crit'Air" para acessar essas áreas. As restrições mais severas foram aplicadas em cidades como Paris, Lyon, Montpellier e Grenoble.

Críticas e Apoios

O movimento pela abolição das ZFEs ganhou força, com apoio de alguns deputados do partido de Emmanuel Macron, além de partidos de direita e extrema-direita. Pierre Meurin, do National Rally, foi um dos proponentes da proposta, que também recebeu respaldo de organizações automotivas. O escritor Alexandre Jardin, fundador do movimento Les #Gueux, afirmou que "a ecologia se tornou um esporte para os ricos", destacando a necessidade de uma abordagem mais inclusiva.

Por outro lado, defensores das ZFEs, como a ministra da Transição Verde, Agnès Pannier-Runacher, alertaram que a poluição do ar causa cerca de 40 mil mortes prematuras por ano na França. Anne Souyris, senadora verde, enfatizou que a eliminação das ZFEs poderia resultar em um aumento significativo de mortes.

Próximos Passos

A proposta de abolição ainda precisa passar pelo Senado e ser aprovada em um projeto de lei mais amplo na câmara baixa em junho. Além disso, a aprovação final dependerá do aval do Conselho Constitucional da França, o que não é garantido. A votação gerou um debate acalorado sobre a necessidade de equilibrar a proteção ambiental com a justiça social, refletindo a complexidade das políticas públicas em um contexto de crescente preocupação com a saúde ambiental.

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