30 de mai 2025
Barroso destaca a importância da iniciativa privada para o desenvolvimento econômico do Brasil
Barroso critica a judicialização excessiva e defende a iniciativa privada como motor do crescimento econômico no Brasil.
Foto: Reprodução
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Durante o 2º Congresso Brasileiro de Direito do Mercado de Capitais, realizado no Rio de Janeiro nesta sexta-feira (30), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, abordou a judicialização excessiva nas áreas tributária e trabalhista. Barroso destacou que essa situação dificulta o ambiente de negócios e afasta investimentos internacionais, afirmando que o sistema tributário brasileiro é o mais complexo do mundo.
O ministro mencionou que há “vários PIBs sendo litigados no Judiciário”, o que gera incerteza jurídica e reduz o interesse de investidores, especialmente estrangeiros. Ele elogiou medidas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que resultaram na eliminação de cerca de 10 milhões de ações e no aumento da arrecadação municipal em mais de 124%. Barroso ressaltou que a lentidão em grandes causas tributárias prejudica tanto o setor público quanto o privado.
Críticas à Insegurança Jurídica
Na esfera trabalhista, Barroso apontou que mais da metade dos processos se originam de disputas sobre verbas rescisórias. O passivo trabalhista, segundo ele, inibe fusões e aquisições, representando um risco difícil de mensurar. O CNJ, em resposta, editou uma resolução que permite a homologação judicial de acordos de rescisão consensuais, desde que respeitados os direitos fundamentais.
Apesar do cenário desafiador, Barroso destacou que o Brasil foi o segundo maior destino mundial de investimento direto estrangeiro em 2024, atrás apenas dos Estados Unidos. Ele afirmou que a ideia de que o país apresenta riscos jurídicos acima da média global é desconectada da realidade.
Defesa da Iniciativa Privada
Barroso também defendeu a iniciativa privada como motor do desenvolvimento econômico, criticando o preconceito contra empresários. Ele afirmou que o lucro é essencial para a geração de empregos e o crescimento do país. O ministro enfatizou que seu contato com empresários não deve ser visto como ilegítimo e que a combinação entre a geração de riqueza pelo mercado e a distribuição justa via Estado é o caminho mais eficaz para o desenvolvimento.
A fala de Barroso ocorre em um contexto de crescente sensibilidade sobre os limites do relacionamento entre o Judiciário e o setor privado, especialmente em temas regulatórios e trabalhistas. Ele reafirmou que sua atuação é pautada pela imparcialidade e transparência.
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