30 de mai 2025
Líderes do Congresso criticam apresentação da MP que reforma setor elétrico do governo Lula
Tensão no Congresso após apresentação da MP que isenta conta de luz para 60 milhões; líderes pedem diálogo e criticam ministro de Minas e Energia.
Hugo Motta, Lula e Davi Alcolumbre em primeira agenda após eleições no Congresso. (Foto: Gabriela Biló/Folhapress)
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O governo Lula (PT) apresentou uma medida provisória (MP) para reformar o setor elétrico, que visa ampliar a isenção da conta de luz para até 60 milhões de brasileiros. A proposta é uma tentativa de melhorar a popularidade da administração petista.
Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), expressaram desconforto com a falta de diálogo prévio sobre a MP. Eles esperavam uma conversa com o presidente da República antes da apresentação, o que não ocorreu. Alcolumbre e Motta desejavam contribuir com sugestões ao texto, dada a relevância da medida.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, foi criticado pela condução da apresentação da proposta. A relação entre Alcolumbre e Silveira se deteriorou, com o senador manifestando descontentamento em relação à atuação do ministro. No último dia 21, uma reunião foi marcada para discutir a MP, mas os detalhes foram escassos, levando a uma expectativa de que o encontro seria mais informativo do que consultivo.
Detalhes da Proposta
A MP prevê que a conta de luz será gratuita para famílias de baixa renda que consomem até oitenta kilowatts-hora (kWh) por mês. Serão beneficiadas 17 milhões de famílias, incluindo aquelas registradas no Cadastro Único (CadÚnico) e pessoas com deficiência ou idosos que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC). O custo anual da proposta é estimado em R$ 3,6 bilhões.
A proposta será analisada em uma comissão mista, composta por deputados e senadores. O deputado Fernando Coelho Filho (União Brasil-PE) é o favorito para ser o relator, embora a escolha ainda não seja consenso. A MP já recebeu mais de seiscentas emendas e, segundo Alcolumbre, será necessário um amplo debate sobre o tema.
O presidente Lula afirmou que o Congresso tem a prerrogativa de alterar as propostas do Executivo, mas pediu que os parlamentares não desidratassem o texto. A expectativa é que a medida passe por mudanças durante sua tramitação no Congresso Nacional.
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