Artistas e escritores criticam cancelamento de performance pró-Palestina no Whitney

Um grupo de artistas e escritores associados ao Programa de Estudos Independentes (ISP) do Whitney Museum publicou uma carta aberta em que critica o cancelamento de uma performance pró-Palestina. O evento, intitulado No Aesthetics Outside My Freedom: Mourning, Militancy, and Performance, estava programado para maio e foi cancelado apenas dois dias antes da apresentação.

Na carta, os signatários, incluindo artistas renomados como Emily Jacir e Andrea Fraser, afirmam que a decisão do museu contradiz sua missão de aceitar a dissidência e o ativismo. Eles argumentam que, ao impedir o ISP de atuar como um espaço de crítica, o Whitney perde a legitimidade de seus próprios valores. O cancelamento ocorreu em meio a um clima de censura crescente nos Estados Unidos, especialmente em relação a questões sobre a Palestina.

Mudanças na Direção do ISP

Além do cancelamento, o diretor do Whitney, Scott Rothkopf, anunciou uma pausa no ISP para reavaliar sua direção e operações. Em um e-mail enviado aos participantes, Rothkopf mencionou que a falta de um diretor tem impactado a visão estratégica e as atividades diárias do programa. Ele destacou que esse período de reflexão é fundamental para manter os princípios de aprendizado e prática crítica que sustentam o ISP.

O cancelamento da performance e a pausa no ISP geraram protestos e discussões sobre a liberdade de expressão no ambiente artístico. A carta aberta dos alumni do ISP ressalta que a censura e a repressão à liberdade de expressão são preocupações que afetam não apenas o museu, mas também a comunidade artística como um todo.