04 de jun 2025
Jockey Club de São Paulo enfrenta crise e ameaça de desapropriação pela prefeitura
Desapropriação do Jockey Club de São Paulo gera polêmica; prefeitura quer parque e equinoterapia, enquanto clube contesta dívidas e propõe parceria.
Imagem aérea do Jockey Club de São Paulo - Danilo Verpa - 26.jun.23/Folhapress. (Foto: Folhapress)
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O Jockey Club de São Paulo, um marco da elite paulistana, enfrenta uma grave crise financeira, com dívidas que superam R$ 860 milhões. A prefeitura, sob a gestão de Ricardo Nunes, planeja desapropriar o terreno de 619 mil m² na Cidade Jardim para criar um parque e um centro de equinoterapia.
A administração municipal alega que a inadimplência do clube, especialmente em relação ao IPTU e ISS, justifica a desapropriação. Nunes busca transformar a área em um espaço público, mas o Jockey contesta as dívidas, afirmando que estão superestimadas. Além disso, o clube reivindica R$ 340 milhões pela transferência de um terreno em 2011.
A prefeitura já move quase quinhentas ações judiciais para cobrar as dívidas e sancionou uma lei que proíbe corridas de cavalos com apostas na cidade, embora essa norma tenha sido suspensa por uma liminar. Um projeto legislativo propõe incluir o Jockey entre os 186 parques planejados para São Paulo, facilitando sua declaração como área de utilidade pública.
Propostas e Controvérsias
Os sócios do Jockey afirmam que a avaliação da área pela Procuradoria-Geral do Município, fixada em R$ 95 milhões, é irrisória em comparação ao valor venal de R$ 1,1 bilhão. O clube sugere uma parceria público-privada para desenvolver o parque, mantendo a atividade de turfe.
A situação é complexa, pois a região carece de espaços verdes e enfrenta degradação. A criação de um parque poderia atender à demanda por áreas de lazer e contribuir para a qualidade de vida dos paulistanos, que enfrentam problemas como ilhas de calor e poluição. A busca por um entendimento entre as partes é essencial para o futuro do local.
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