Política

Governo e Justiça promovem ações de memória sobre a ditadura militar no Brasil

A sociedade brasileira se mobiliza para reconhecer a memória da ditadura militar, com ações de renomeação de espaços e criação de memoriais.

Fotografia da Quinta Caminhada do Silêncio pelas Vítimas de Violência de Estado; em 2025, o lema foi: "Ainda estamos aqui?", inspirado no filme de Walter Salles. (Foto: Marlene Bergamo - 6.abr.25/Folhapress)

Fotografia da Quinta Caminhada do Silêncio pelas Vítimas de Violência de Estado; em 2025, o lema foi: "Ainda estamos aqui?", inspirado no filme de Walter Salles. (Foto: Marlene Bergamo - 6.abr.25/Folhapress)

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Governo, Judiciário e Ministério Público têm intensificado ações de reconhecimento e memória sobre a ditadura militar no Brasil. Nos últimos meses, iniciativas têm sido promovidas em todo o país, refletindo uma maior receptividade da sociedade. Especialistas afirmam que esse movimento ganhou força após os eventos de 8 de janeiro e a repercussão do filme "Ainda Estou Aqui", vencedor do Oscar.

Em abril, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania lançou um mapeamento que identificou 49 locais históricos relacionados à repressão e resistência durante a ditadura. Recentemente, a Justiça de São Paulo determinou a renomeação de 11 ruas e espaços públicos que homenageiam militares do regime. No Rio de Janeiro, a Justiça estadual decidiu que a Casa da Morte, um centro clandestino de tortura, será transformada em um memorial público.

O Ministério Público Federal (MPF) recomendou que um imóvel do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) no Rio de Janeiro seja revertido ao governo federal para a criação de um centro de memória. A procuradora da República, Eugênia Gonzaga, destacou a importância de criar espaços de memória, afirmando que o Brasil ainda possui poucos em comparação a outros países.

A presidente da Comissão de Anistia, Ana Maria Lima de Oliveira, ressaltou que atos de memória são essenciais para ensinar à sociedade sobre as violações do passado. Ela criticou declarações do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, que relativizou a história do regime militar, afirmando que isso sustenta falas antidemocráticas.

Gonzaga também lamentou a negação da história por autoridades públicas e enfatizou que a falta de conhecimento sobre as violações cometidas durante a ditadura é preocupante. As ações de reconhecimento e memória têm recebido mais apoio do Executivo e do Legislativo, com um aumento nas emendas parlamentares destinadas a esses temas.

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