Política

Congresso critica gastos, mas mantém silêncio sobre a própria responsabilidade

Congresso resiste a cortes em emendas de R$ 50 bilhões, enquanto governo Lula busca contenção fiscal em meio a crise. A urgência de ações concretas é evidente.

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante audiência na Câmara - 11/06/2025 (Foto: Renato Araújo/Câmara dos Deputados/Divulgação)

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O Congresso Nacional enfrenta um dilema fiscal enquanto o governo Lula busca medidas de contenção de despesas. O presidente da Câmara, Hugo Motta, reconheceu a gravidade da situação, mas os parlamentares resistem a cortes em suas emendas, que somam 50 bilhões de reais no Orçamento deste ano.

A prática comum entre deputados e senadores é aprovar emendas que aumentam as despesas públicas sem a devida compensação financeira. Motta afirmou que "a situação do país é grave e é preciso ter responsabilidade", mas os parlamentares não estão dispostos a abrir mão de suas emendas. A falta de transparência e a ineficiência no uso dos recursos não parecem ser preocupações prioritárias.

Resistência a Mudanças

Tentativas de aperfeiçoar as regras sobre emendas frequentemente geram insatisfação no Legislativo. O ex-presidente da Câmara, Arthur Lira, havia prometido avançar com a reforma administrativa, essencial para conter a dívida pública, mas não obteve sucesso. O ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, também se manifestou em favor de limitar os supersalários, mas sem resultados concretos.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tenta implementar ajustes fiscais, mas enfrenta resistência tanto dentro quanto fora do governo. Embora tenha proposto ações de contenção de despesas, a preferência por evitar medidas impopulares prevalece. Haddad se vê praticamente sozinho na busca por soluções, enquanto líderes partidários falam em cortes, mas rejeitam o aumento da carga tributária.

O Jogo de Cena

A situação revela um jogo de cena no Congresso, onde a cobrança por responsabilidade fiscal contrasta com a recusa em abrir mão de benefícios. O senador Ciro Nogueira destacou que, quando a situação se agrava, a solução encontrada é aumentar impostos sobre a população. A necessidade de um debate sério sobre a responsabilidade fiscal se torna cada vez mais urgente, mas as ações concretas ainda são escassas.

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