17 de jun 2025

Congresso aprova uso de emendas para pagamento de salários de profissionais de saúde
Congresso aprova uso de emendas parlamentares para salários de profissionais da saúde, desafiando recomendações do Tribunal de Contas da União.
Proposta do Novo Código Civil tramita no Congresso Nacional — Foto: Pedro França/Agência Senado
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O Congresso Nacional aprovou nesta terça-feira a resolução que permite o uso de emendas parlamentares para o pagamento de salários de profissionais da saúde. A medida surge em meio a tensões entre o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e o Parlamento, especialmente sobre a liberação de recursos para a saúde.
A votação foi simbólica e contou com o apoio da maioria dos deputados e senadores, com exceção das bancadas do PSOL e do Novo. O projeto, assinado pelos presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, visa atender a uma demanda de prefeitos que enfrentam dificuldades financeiras para manter a folha de pagamento dos profissionais de saúde.
A resolução permite o uso de emendas de comissão e de bancada, mas mantém a proibição para emendas individuais. Adriana Ventura, deputada pelo Novo, criticou a decisão, afirmando que ela representa uma "lambança orçamentária" e ignora recomendações técnicas. O Tribunal de Contas da União também se opõe à medida, considerando inadequado o uso de emendas para pagamento de pessoal, dada sua natureza temporária.
Contexto Financeiro
Parlamentares têm pressionado o governo por maior agilidade na liberação de emendas, especialmente após o contingenciamento de despesas. Um levantamento da Warren Investimentos revelou que o volume de empenhos saltou de R$ 24,9 milhões até maio para R$ 151,2 milhões nos primeiros dias de junho, um aumento significativo na execução de emendas impositivas.
O governo fixou em R$ 42,8 bilhões o limite de pagamento das emendas para o ano, abaixo dos R$ 50,4 bilhões autorizados na Lei Orçamentária Anual. Até o momento, o total desembolsado com emendas foi de R$ 5,6 bilhões, concentrando-se em restos a pagar. A aprovação da nova resolução pode impactar a dinâmica de repasses e a gestão financeira dos municípios, que dependem desses recursos para a saúde pública.
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