20 de jun 2025

Governo português adota medidas da ultradireita para controle de imigração
Governo de Portugal aprova propostas do Chega, incluindo programa de retorno para imigrantes, refletindo nova dinâmica política no país.

Luís Montenegro, primeiro-ministro de Portugal (Foto: AFP)
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O governo de Portugal aprovou 80 propostas da oposição, incluindo três do partido Chega, que se tornou a segunda força política do país. As medidas, que incluem o programa "Bom Regresso", visam facilitar o retorno de imigrantes sem condições financeiras.
O programa "Bom Regresso" foi apresentado de forma vaga no programa eleitoral do Chega, que elegeu 60 deputados, superando os 58 do Partido Socialista (PS). A proposta não especifica fontes de financiamento e promete apoio a imigrantes que desejam retornar ao seu país de origem.
Além do programa de retorno, outras duas propostas do Chega foram aceitas: garantir que as forças de segurança tenham recursos para fiscalizar a imigração ilegal e o tráfico de seres humanos, além de aumentar as penas para esses crimes. O Chega tem promovido um discurso anti-imigração, associando imigrantes ao aumento da criminalidade, uma afirmação contestada pela Polícia Judiciária.
Mudança de Postura do Governo
O primeiro-ministro Luís Montenegro, reeleito pela coligação de centro-direita Aliança Democrática, adotou uma postura diferente em relação ao Chega, afirmando que conversaria com todos os partidos. Essa mudança contrasta com a abordagem anterior, que rejeitava qualquer diálogo com a sigla.
O governo português, ao incluir propostas do Chega, demonstra uma abertura ao discurso radical sobre imigração. O programa da ONU, Árvore, já oferece um retorno voluntário digno a imigrantes, com suporte financeiro, destacando alternativas às propostas do Chega. A inclusão de medidas da oposição no Parlamento reflete um novo cenário político em Portugal, onde a colaboração entre partidos se torna cada vez mais necessária.
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