Política

Serviço público deve incluir mais mulheres para promover mudanças significativas

Governo federal propõe bonificação para mulheres no Concurso Nacional Unificado, visando aumentar a aprovação feminina e promover equidade.

Esplanada dos Ministérios, em Brasília (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

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Na primeira edição do Concurso Nacional Unificado (CNU), 56% das inscrições foram de mulheres, mas apenas 37% foram aprovadas. Essa discrepância reflete desafios históricos enfrentados por mulheres na administração pública, como a sobrecarga de trabalho doméstico e a dificuldade de acesso a materiais de estudo adequados.

O governo federal está considerando a implementação de uma bonificação para mulheres no próximo CNU, com o objetivo de aumentar a aprovação feminina. Essa proposta se inspira em experiências anteriores, como no concurso para diplomatas, onde a convocação de mulheres na segunda fase subiu de 26% para 42%. Apesar da iniciativa, a paridade de gênero ainda não é uma realidade nas carreiras públicas.

As aprovações no CNU mostraram que as mulheres tendem a se concentrar em áreas relacionadas a políticas sociais e direitos humanos, onde já são maioria no ensino superior. No entanto, nenhuma carreira de finanças públicas participou da primeira edição do concurso, evidenciando a falta de ações específicas para atrair mulheres para essas áreas.

Desafios Persistentes

A inclusão de mulheres na administração pública é crucial para a formulação de políticas mais justas. A presença feminina amplia a capacidade do Estado de reconhecer desigualdades e alocar recursos de forma mais sensível. No entanto, a ausência de mulheres em posições de decisão perpetua um ciclo vicioso, dificultando a implementação de ações de equidade.

Além disso, as dificuldades enfrentadas por mulheres grávidas e lactantes em cursos de formação do CNU revelam a falta de políticas públicas que considerem suas necessidades. Sem um suporte institucional adequado, muitas mulheres dependem do apoio de familiares e colegas para participar do concurso.

Necessidade de Ações Afirmativas

Para transformar a administração pública, é essencial que o governo federal estabeleça metas de paridade de gênero e raça nas carreiras. Revisar os conteúdos do CNU, que muitas vezes ignoram as experiências femininas, é um passo necessário para garantir que as mulheres tenham oportunidades iguais.

A resistência à mudança e a sub-representação feminina continuam a fragilizar a democracia. Ampliar a presença de mulheres, especialmente negras, pode ser um divisor de águas para o Estado brasileiro, promovendo um ambiente mais inclusivo e representativo.

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