25 de jun 2025

CPI do INSS deve usar deputados influentes para criticar governo com vídeos
PL busca influenciar a CPI do INSS com parlamentares populares, enquanto presidente da Câmara promete relator equilibrado.

Parte da bancada do PL reunida no salão verde da Câmara dos Deputados (Foto: Divulgação/PL)
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CPI do INSS: PL busca controle da narrativa com parlamentares influentes
A formação da CPI do INSS está em andamento, com a expectativa de que um deputado do Centrão assuma a relatoria. O PL (Partido Liberal) pretende escalar parlamentares com forte presença nas redes sociais para moldar a narrativa das investigações sobre fraudes.
O partido acredita que, com um relator de centro, o relatório final dificilmente resultará em indiciamentos que possam gerar crises para o governo. Assim, a estratégia do PL é utilizar a influência digital de seus membros para desgastar a administração de Lula. O presidente da Câmara, Hugo Motta, já indicou que escolherá um relator com perfil “equilibrado”, o que pode dificultar os planos do PL.
Parlamentares com grande alcance
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, está considerando parlamentares como Nikolas Ferreira (MG), Bia Kicis (DF), Marco Feliciano (SP) e André Fernandes (CE) para o colegiado. Nikolas, com quase 18 milhões de seguidores, é visto como o mais "midiático" do grupo. Bia, com mais de 2 milhões, influencia o eleitorado feminino, enquanto Feliciano, com 3 milhões, tem forte apelo entre religiosos. André, com 2,5 milhões, pode alcançar o público nordestino.
Vídeos de parlamentares bolsonaristas já impactaram a popularidade do governo. Em janeiro, Nikolas criticou regras da Receita Federal sobre monitoramento de transações financeiras, gerando uma onda de descontentamento que levou Lula a revogar a normativa.
Disputa interna e composição da CPI
O PL terá direito a seis vagas na CPI, mas a disputa interna é acirrada, com 16 parlamentares interessados. Sóstenes afirmou que a escolha pode ser feita com base no número de seguidores, para garantir o controle da narrativa. Duas das cinco vagas do PL devem ser ocupadas pelos autores do requerimento da CPI, os deputados Coronel Fernanda (MT) e Coronel Chrisóstomo (AM).
Outros partidos da base governista, como PP e PSD, também estão escalando nomes para a CPI. O PSD indicou Sidney Leite (AM) e Carlos Sampaio (SP), enquanto o PP já definiu seus representantes no Senado. A composição da CPI promete ser um campo de batalha entre governo e oposição, com o objetivo de investigar as fraudes no INSS.
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