25 de jun 2025



Partidos com ministérios se mobilizam para derrubar decreto do IOF na Câmara
Câmara dos Deputados derruba decreto do IOF, sinalizando fragilidade da base governista e dificultando aprovação de medidas econômicas.

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente Lula, em 12 de fevereiro de 2025. (Foto: Evaristo Sá/AFP)
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A Câmara dos Deputados impôs uma nova derrota ao governo Lula (PT) ao derrubar, nesta quarta-feira, 25, o decreto que reajusta as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A votação, que teve 383 votos a favor da suspensão e 98 contra, evidencia a fragilidade da base governista, que não conseguiu reunir 100 votos para sustentar a medida.
A decisão reflete a crescente tensão entre o governo e o Congresso, com partidos que ocupam ministérios, como União Brasil e MDB, votando em peso pela revogação do decreto. O União Brasil, que possui dois ministérios, registrou 58 votos contra e nenhum a favor. O MDB, com três ministérios, teve 41 votos contrários e apenas dois a favor. Outros partidos, como PDT e PP, também se alinharam contra a proposta.
Divisão nas Bancadas
A votação demonstrou uma clara divisão nas bancadas. O PSOL, que controla um ministério, foi o único partido a votar integralmente a favor do governo, com todos os 13 votos em apoio ao decreto. O PT, por sua vez, obteve 65 votos contra a revogação, mas um erro no registro do deputado Rui Falcão (SP) resultou em um voto a favor da derrubada.
A situação levanta questionamentos sobre a capacidade do governo de manter sua base unida em momentos decisivos. A votação no Senado ainda está pendente, mas o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), já indicou que a tendência é seguir a mesma linha da Câmara.
Consequências Políticas
A derrubada do decreto é vista como um recado direto ao presidente e ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A fragilidade da base de apoio do governo Lula no Congresso é evidente, com partidos que ocupam cargos ministeriais se distanciando das decisões do Palácio do Planalto. A votação desta quarta-feira é um indicativo da crescente dificuldade do governo em aprovar suas medidas econômicas.
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