IBGE decide não realizar previsões econômicas para o próximo ano

Desde o governo anterior, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) enfrenta desafios em sua gestão, que desconsidera a expertise técnica de seus profissionais. Essa situação tem gerado desgastes e atropelos em projetos institucionais.

Recentemente, a destituição do coordenador do Censo Agropecuário gerou polêmica. O coordenador foi afastado por se opor à coleta de dados sem a devida previsão orçamentária para 2025. A nova gestão do IBGE, por sua vez, propõe um programa de previsões que pode comprometer a credibilidade da instituição.

Críticas à Nova Gestão

Os técnicos do IBGE têm se esforçado para defender a integridade dos projetos, mesmo diante de um cenário de cortes e falta de recursos. A atual administração ignora as críticas e as preocupações dos especialistas, que alertam sobre os riscos de realizar eventos fora da sede e firmar acordos sem consulta interna.

Além disso, a proposta de um Programa Nacional de Inteligência e Governança Estatística e Geocientífica visa criar previsões para subsidiar políticas públicas. No entanto, essa iniciativa levanta preocupações sobre a manipulação de dados e a credibilidade da instituição, que sempre se pautou por boas práticas internacionais.

Riscos à Credibilidade

A nova proposta, que se assemelha à extinta Fundação IBGE+, pode colocar em risco o patrimônio mais valioso do IBGE: sua credibilidade. A necessidade de compartilhar informações com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) também gera apreensão entre os técnicos, que temem pela segurança dos dados.

A atual gestão do IBGE, ao ignorar a experiência acumulada ao longo dos anos, pode estar criando um cenário de incertezas. A frase de um economista famoso se aplica bem: propõem-se ideias que, embora pareçam boas, não são novas, e as novas não são boas.