27 de jun 2025



Lula veta exame toxicológico para novos motoristas em decisão polêmica
Lula sanciona lei que financia CNH para motoristas de baixa renda e veta exame toxicológico, visando reduzir custos e aumentar a habilitação.

Carteira Nacional de Habilitação (CNH); projeto previa obrigatoriedade de exame toxicológico negativo também para motoristas das categorias A e B (carro e moto) (Foto: Divulgação)
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta sexta-feira (27), uma nova lei que destina recursos de multas de trânsito para financiar a formação de motoristas de baixa renda. Entretanto, Lula vetou a exigência de exame toxicológico para novos motoristas, uma medida que poderia aumentar os custos e, segundo ele, levar mais pessoas a dirigir sem habilitação.
A lei aprovada pelo Congresso previa que todos os candidatos à primeira habilitação nas categorias A e B (carros e motos) apresentassem um resultado negativo no exame toxicológico. Atualmente, essa exigência é válida apenas para as categorias C, D e E, que incluem ônibus e caminhões. O presidente argumentou que a nova exigência "contraria o interesse público", pois poderia comprometer a segurança viária.
Lula, orientado pelos ministérios dos Transportes e da Justiça, destacou que a imposição do exame aumentaria o custo para obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Com o veto, a situação permanece inalterada em relação ao exame, que já é exigido para motoristas de categorias profissionais. O exame toxicológico detecta o uso de substâncias psicoativas e deve ser realizado com pelo menos 90 dias de abstinência.
Benefícios para motoristas de baixa renda
A nova legislação, que foi sancionada, permitirá que apenas pessoas inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) tenham acesso ao financiamento da CNH. Essa medida visa facilitar o acesso à habilitação para aqueles que enfrentam dificuldades financeiras.
Além do veto ao exame toxicológico, Lula também rejeitou a proposta que permitia a transferência eletrônica de propriedade de veículos, citando preocupações com a segurança jurídica. A lei entrará em vigor em 45 dias, e o Congresso agora terá a responsabilidade de decidir sobre a manutenção ou derrubada do veto presidencial.
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