Política

'Nós contra eles' provoca debates sobre polarização social e suas consequências

Governo Lula busca unir classes sociais, mas atos de invasão e visita a Cristina Kirchner podem acirrar tensões com a oposição.

Lula levanta placa pedindo taxação dos super ricos durante caminhada em Salvador (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

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O governo Lula enfrenta um cenário desafiador na relação com o Congresso, adotando uma estratégia de comunicação que enfatiza o discurso do "nós contra eles". Essa abordagem visa unir diferentes classes sociais em torno de suas políticas, mas a eficácia dessa estratégia é incerta.

Recentemente, o governo tentou incluir a classe média nas campanhas, buscando ampliar seu apoio. No entanto, atos de invasão e a visita à ex-presidente argentina Cristina Kirchner levantaram preocupações sobre uma possível radicalização do PT, o que pode gerar reações adversas da oposição. Especialistas alertam que a divisão da sociedade entre "nós" e "eles" pode ser prejudicial, especialmente se o "nós" se restringir apenas aos beneficiários de políticas sociais.

Para evitar esse erro, a classe média foi rapidamente incorporada ao discurso do governo. Projetos como a ampliação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil são exemplos de como Lula busca demonstrar que governa também para essa faixa da população. Se o presidente conseguir atrair profissionais liberais e empreendedores, pode melhorar sua posição em relação ao Congresso.

Desdobramentos da Estratégia

A nova estratégia de comunicação do governo parece ter revitalizado a militância do PT, que estava desorientada após uma série de derrotas. A unificação dos diversos grupos dentro do governo é um sinal positivo, com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ajustando seu discurso para se alinhar mais com a base petista.

Entretanto, a recente visita a Cristina Kirchner pode ser vista como um erro estratégico. Aliados afirmam que a motivação é pessoal, mas a associação do PT a governos de esquerda na América Latina pode ser explorada pela oposição, especialmente em um momento de tensão política interna. A política atual exige cautela, e qualquer deslize pode resultar em uma nova queda na avaliação do governo.

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