08 de jul 2025
Sheinbaum propõe lei contra extorsão e admite falhas no combate ao crime
Claudia Sheinbaum propõe lei que permite investigações de ofício contra extorsão e reconhece o Estado como vítima.

Claudia Sheinbaum, no Palácio Nacional da Cidade do México, em 8 de julho (Foto: Sáshenka Gutiérrez/EFE)
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A extorsão no México tem apresentado um crescimento alarmante, mesmo com a redução de outros crimes. A presidente Claudia Sheinbaum anunciou uma nova lei que visa combater esse delito, permitindo investigações de ofício, ou seja, sem a necessidade de um denunciante identificado. A proposta será enviada ao Congresso e busca proteger as vítimas, que muitas vezes hesitam em denunciar por medo de represálias.
Dados oficiais revelam que a extorsão aumentou 28% entre o primeiro semestre de 2019 e o mesmo período de 2023. Enquanto outros crimes, como homicídio e sequestro, têm diminuído, a extorsão continua a ser um desafio significativo para a administração de Sheinbaum. A nova legislação também reconhece o Estado como vítima, aliviando a pressão sobre indivíduos que enfrentam esse crime.
O secretário de Segurança, Omar García Harfuch, destacou que oito estados concentram 66% das extorsões no país. Esses estados incluem Guanajuato, Estado de México e Jalisco, onde operam poderosos cartéis de drogas. A nova estratégia inclui a criação de unidades especializadas nas fiscalias estaduais, além de uma linha de denúncias anônimas e a possibilidade de congelar contas bancárias ligadas a extorsões.
Com essa reforma, o governo espera fortalecer o combate à extorsão, um crime que frequentemente resulta em violência extrema. A medida visa não apenas proteger os pequenos empreendedores, que são os mais afetados, mas também desmantelar as redes criminosas que sustentam esse tipo de atividade. A expectativa é que, com a aprovação da lei, o Estado assuma um papel mais ativo na luta contra a extorsão, garantindo maior segurança para a população.
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