Fed avalia mudanças nos critérios para definir um banco 'bem gerido'

O Federal Reserve (Fed) propôs uma mudança significativa nas regras que definem um banco como "bem gerido". A nova proposta, divulgada na quinta-feira, permite que instituições financeiras com uma classificação "deficiente" ainda sejam consideradas bem geridas. Essa alteração contrasta com as regras de 2018, que exigiam que bancos sem deficiências em capital, liquidez e governança fossem reconhecidos como bem geridos.

A proposta visa reconhecer melhor a condição geral de uma instituição ao determinar seu status de gestão. Michelle Bowman, vice-presidente de supervisão do Fed, afirmou que a mudança adota uma abordagem pragmática, corrigindo a discrepância entre as classificações e a condição geral das instituições. No entanto, a proposta gerou críticas imediatas de ex-dirigentes, como Michael Barr, que alertou que essa mudança poderia enfraquecer salvaguardas essenciais e aumentar os riscos no sistema bancário.

Críticas e Preocupações

Barr destacou que a nova definição poderia alterar fundamentalmente o conceito de um banco bem gerido, introduzindo riscos adicionais. Adriana Kugler, governadora do Fed, também expressou preocupações, reconhecendo problemas no sistema atual, mas advertindo sobre os perigos de ir longe demais na flexibilização das regras.

Essa proposta surge em um momento em que o Fed já havia aprovado novas regras de capital para grandes bancos, que também enfrentaram objeções de Barr e Kugler. A discussão sobre a regulação bancária continua a ser um tema polêmico, refletindo a tensão entre a necessidade de supervisão rigorosa e a busca por maior flexibilidade para as instituições financeiras.