11 de jul 2025
Milei chama vice de 'traidora' após aprovação de aumento nas aposentadorias no Senado
Javier Milei enfrenta crise interna após Senado aprovar aumento de aposentadorias; ele promete vetar medidas e chama vice de "traidora".

Vice-presidente Victoria Villarruel discursando durante sessão para debater aumentos de pensões e projeto de lei de emergência para pessoas com deficiência no Congresso Nacional, em Buenos Aires, em 10 de julho de 2025 (Foto: Sofia ARECO / ARGENTINA'S SENATE / AFP)
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O Senado da Argentina aprovou, em 10 de outubro, um aumento de 7,2% nas aposentadorias e a prorrogação de uma moratória que permite aposentadorias sem o cumprimento total dos anos de contribuição. A medida gerou uma forte reação do presidente Javier Milei, que chamou sua vice, Victoria Villarruel, de "traidora" por apoiar as propostas. Durante um discurso, Milei afirmou que, apesar de ter realizado 2.500 reformas estruturais, enfrenta resistência interna, especialmente de Villarruel, que preside o Senado e estava presente na votação.
Milei já anunciou que vetará as medidas, alegando que elas comprometem o equilíbrio fiscal do país. Ele expressou sua frustração, destacando que, mesmo com apenas 15% da Câmara dos Deputados e uma minoria no Senado, seu governo já implementou um número significativo de reformas. O presidente também ameaçou judicializar a questão caso seu veto seja derrubado.
Tensão no Governo
A crise entre Milei e Villarruel se intensificou nas redes sociais, com a ministra da Segurança Nacional, Patricia Bullrich, exigindo que a vice deixasse o plenário. Bullrich a acusou de ser cúmplice do "kirchnerismo destrutivo" e a instou a alinhar-se com a agenda do governo. As divergências entre os dois já eram evidentes desde 2024, quando Milei afirmou que Villarruel não participava das decisões do governo.
Villarruel, que vem de uma família com forte tradição militar, tem se distanciado publicamente das políticas de Milei, especialmente em relação ao período da ditadura militar na Argentina. A vice-presidente defende a ditadura como uma "guerra" contra o comunismo, uma visão contestada por historiadores e grupos de direitos humanos.
Consequências Políticas
A aprovação das reformas no Senado reflete um racha crescente na administração de Milei, que pode impactar a governabilidade e a implementação de sua agenda. A situação evidencia os desafios que o presidente enfrenta em um cenário político dividido, onde a resistência interna pode dificultar a realização de suas promessas de austeridade e reformas estruturais.



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