Política

Cali, Rio e Baku: eventos globais destacam desafios e avanços nas ações climáticas

A COP16 e COP29 destacaram a urgência de ações climáticas globais. A Câmara de Comércio Internacional pediu mais compromisso dos governos. Brasil se destacou em ambas as conferências com propostas inovadoras. Financiamento climático de 300 bilhões de dólares é considerado insuficiente. Temas como bioeconomia e eliminação de subsídios fósseis são cruciais.

Gabriella Dorlhiac é diretora executiva da International Chamber of Commerce (ICC) no Brasil (Foto: ICC/ Divulgação)

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Os últimos dois meses foram marcados por eventos globais focados em ações ambientais para combater a crise climática e reverter a perda de biodiversidade, além de reduzir desigualdades sociais. A COP16 da Biodiversidade, realizada em Cali, buscou dar continuidade às metas do Marco Global da Biodiversidade Kunming-Montreal, enquanto o G20 no Rio de Janeiro reuniu as principais economias do mundo. Em Baku, a COP29 de Clima enfrentou o desafio de aprovar o mercado de carbono do Artigo 6 e aumentar o financiamento para países em desenvolvimento.

Apesar dos avanços nas discussões, a COP da biodiversidade terminou sem um grande acordo. O Brasil se destacou em ambas as conferências, apresentando propostas inovadoras e ajudando a destravar a Nova Meta Quantificada Coletiva de Financiamento Climático, que estipula 300 bilhões de dólares anuais. Entretanto, especialistas apontam que o valor ideal seria de 390 bilhões de dólares, e países em desenvolvimento demandam cerca de um trilhão de dólares para ações climáticas.

Nos próximos meses, até a COP30 em Belém, quatro temas devem ser prioritários: a entrega das revisões das contribuições nacionalmente determinadas (NDCs), a promoção da bioeconomia, o futuro dos mercados de carbono e a eliminação de subsídios a combustíveis fósseis. A Iniciativa do G20 sobre Bioeconomia, lançada sob a presidência do Brasil, e a aprovação do Projeto de Lei nº 182/2024, que institui o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa, são passos importantes nesse sentido.

O financiamento continua sendo um entrave significativo para as agendas climáticas e de biodiversidade. A necessidade de novos instrumentos financeiros, como o blended finance, é crucial para unir setores público e privado. O Brasil, com potencial para alcançar emissões líquidas zeradas primeiro entre as grandes economias, precisa focar na eliminação do desmatamento ilegal, embora o consenso entre os países seja um desafio. O trabalho conjunto e a aceleração das ações são essenciais para enfrentar esses desafios.

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