14 de jan 2025
Cessar-fogo em Gaza está próximo; Hamas deve libertar 33 reféns em acordo em andamento
A guerra em Gaza, iniciada em outubro de 2023, causou mais de 46 mil mortes. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que um cessar fogo está próximo. O Hamas aceitou um rascunho de acordo que prevê a libertação de 33 reféns israelenses. O acordo inclui a troca de prisioneiros palestinos e um aumento na ajuda humanitária. A pressão política interna em Israel e a posse de Trump influenciam as negociações.
Tanques israelenses fazem operação perto de prédio destruído no sul da Faixa de Gaza (Foto: Ohad Zwigenberg/Pool via REUTERS)
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O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, anunciou que um acordo para a libertação de reféns e um cessar-fogo na Faixa de Gaza está "pronto para ser concluído e implementado", dependendo da aceitação do Hamas. Ele expressou otimismo sobre a finalização das negociações, que têm avançado nas últimas semanas, apesar de reconhecer que partes envolvidas dificultaram o processo anteriormente. Blinken destacou que os Estados Unidos, juntamente com o Catar e o Egito, apresentaram uma proposta final ao Hamas, e agora a responsabilidade está com o grupo.
As negociações, que ocorrem em Doha, visam um acordo em três fases, onde o Hamas deve libertar 33 reféns em troca de prisioneiros palestinos detidos em Israel. O governo israelense acredita que a maioria dos reféns está viva, mas também há a expectativa de que corpos de reféns falecidos sejam incluídos na troca. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, enfrenta pressão interna, com protestos de famílias de reféns e críticas de membros da coalizão ultradireitista, que se opõem a qualquer acordo que considerem uma rendição ao Hamas.
O cenário humanitário em Gaza é crítico, com mais de 46 mil palestinos mortos desde o início da guerra em outubro de 2023, e a população enfrenta escassez de alimentos e medicamentos. A ONU e outras organizações humanitárias alertam para uma situação catastrófica. A pressão dos Estados Unidos para um acordo antes da posse do presidente eleito Donald Trump, em 20 de janeiro, adiciona um senso de urgência às negociações, com Trump prometendo que o Hamas "pagará caro" se os reféns não forem libertados até sua posse.
Blinken também mencionou planos para a governança da Faixa de Gaza após a guerra, sugerindo que a Autoridade Palestina deve liderar uma administração provisória com apoio internacional. Ele enfatizou a necessidade de um plano claro para evitar um vácuo de poder que poderia permitir o ressurgimento do Hamas. A situação permanece delicada, com incertezas sobre a implementação do acordo e a resistência de setores da coalizão israelense que temem concessões ao Hamas.
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