16 de jan 2025
Biden e Trump disputam protagonismo no cessar-fogo da Faixa de Gaza
Joe Biden e Donald Trump disputam crédito pelo acordo de cessar fogo em Gaza. A mediação do Egito e Catar marca mudança nas dinâmicas políticas de Israel. A retirada do exército israelense e devolução de Gaza são centrais no acordo. Professor Leonardo Trevisan destaca que vitórias diplomáticas têm múltiplos responsáveis. A implementação do acordo enfrenta desafios significativos para a paz duradoura.
Foto: Reprodução
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Em entrevista à CNN, o professor de Relações Internacionais da ESPM, Leonardo Trevisan, comentou sobre a disputa entre Joe Biden e Donald Trump pelo crédito do recente acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza. Biden, em pronunciamento no Salão Oval, destacou o papel do Egito e do Catar como mediadores e atribuiu o sucesso à “obstinada e meticulosa diplomacia americana”. Por outro lado, Trump, que assume a presidência em 20 de janeiro, creditou a vitória nas eleições como um sinal de que sua administração buscaria a paz.
Trevisan observou que é comum que vitórias diplomáticas tenham múltiplos responsáveis, com diversos atores políticos tentando se apropriar do sucesso. O professor mencionou que Steve Witkoff, enviado de Trump para o Oriente Médio, teve influência nas negociações. No entanto, ele ressaltou que o acordo reflete propostas anteriores de Biden, como a devolução de Gaza aos palestinos e a saída organizada do exército israelense, levantando questões sobre a falta de implementação anterior.
O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, havia afirmado que a paz só seria alcançada com a eliminação do Hamas e a presença contínua de tropas israelenses em Gaza, o que não ocorreu. Trevisan afirmou que o acordo indica uma derrota para Netanyahu, que, desde 11 de janeiro, tem promovido uma retirada organizada do exército, com mapas de evacuação já divulgados. “Netanyahu teve que recuar”, afirmou o professor, sugerindo que a situação ainda requer mais esclarecimentos nos próximos dias.
O acordo de cessar-fogo é visto como o início de um longo processo rumo a uma “paz duradoura”, conforme declarado pelo primeiro-ministro do Catar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, um dos principais mediadores. A implementação e o sucesso a longo prazo do acordo representam desafios significativos para todas as partes envolvidas, conforme a situação na região continua a evoluir.
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