16 de jan 2025
Dinamarca convoca líderes empresariais após ameaças de Trump sobre Groenlândia
A primeira ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, convocou líderes empresariais para discutir tensões com os EUA após ameaças de Donald Trump sobre a Groenlândia. Trump afirmou que o controle da Groenlândia é uma "necessidade absoluta" e não descartou ações militares, gerando preocupações diplomáticas. A Groenlândia, sob domínio dinamarquês, controla a maioria de seus assuntos e busca fortalecer laços com os EUA, apesar das ameaças. A ilha é rica em recursos minerais e possui a Base Espacial Pituffik, crucial para a defesa dos EUA e monitoramento de mísseis. A situação levanta questões sobre a soberania e a segurança na OTAN, com reações de aliados e a Rússia observando atentamente os desdobramentos.
"El actor Ulrich Thomsen em um fotograma de 'El embajador Kauffmann' (2020), filme dirigido por Christina Rosendahl. (Foto: FILMIN)"
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A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, convocou uma reunião com líderes empresariais para discutir as “medidas adotadas” após as declarações do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a Groenlândia. Trump, que tomará posse em 20 de janeiro, afirmou que o controle da ilha, parte da Dinamarca há mais de 600 anos, é uma “necessidade absoluta” e não descartou ações militares. Frederiksen enfatizou que uma guerra comercial não seria benéfica e que a Groenlândia, um território autônomo, deve decidir sobre sua independência.
Durante uma conversa telefônica com Trump, Frederiksen informou ao parlamento dinamarquês que o presidente americano não retirou suas ameaças de tarifas punitivas caso a Dinamarca não cedesse a Groenlândia. A primeira-ministra reiterou que a Groenlândia não está à venda e que a Dinamarca busca um diálogo construtivo, destacando a importância da cooperação em tempos de tensões geopolíticas. O primeiro-ministro da Groenlândia, Múte Egede, também reafirmou que a ilha não está à venda, apesar de buscar fortalecer laços com os EUA.
A Groenlândia, com uma área de 2,2 milhões de km², é rica em recursos minerais e possui uma importância geoestratégica significativa. A Base Espacial Pituffik, localizada na ilha, é crucial para o sistema de defesa antimísseis dos EUA. Analistas apontam que as declarações de Trump podem ser vistas como uma estratégia de negociação, mas nunca antes um presidente americano cogitou publicamente o uso da força militar contra a soberania de um aliado.
As falas de Trump geraram preocupação entre os membros da OTAN, da qual a Dinamarca é cofundadora. O Artigo 5 do tratado, que prevê uma resposta coletiva a ataques, não aborda explicitamente agressões entre aliados, o que deixa a situação ambígua. A União Europeia e a Rússia manifestaram preocupação com as ameaças de Trump, enquanto a Dinamarca anunciou um investimento significativo para reforçar a defesa da Groenlândia.
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