16 de jan 2025
Diplomacia entre EUA e Cuba avança com libertação de ativista, mas futuro é incerto
José Daniel Ferrer, líder opositor, foi libertado após pressão dos EUA. Cuba removeu 553 prisioneiros, mas sem garantir anistia total. Liberação coincide com retirada de Cuba da lista de apoio ao terrorismo. Tensões entre EUA e Cuba aumentaram após protestos de julho de 2021. Novo governo dos EUA pode reverter avanços diplomáticos da administração Biden.
Foto: Reprodução
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Na quinta-feira, autoridades cubanas libertaram o ativista opositor José Daniel Ferrer, uma mudança diplomática significativa para a administração Biden, que buscava sua liberação. Ferrer, líder de um dos maiores grupos anti-governamentais banidos em Cuba, foi solto dois dias após uma intensa atividade diplomática envolvendo a ilha. Na terça-feira, o Departamento de Estado dos EUA anunciou a remoção de Cuba de sua lista de países que apoiam o terrorismo e informou que autoridades cubanas concordaram em libertar prisioneiros políticos a pedido do Vaticano.
Cuban officials afirmaram que gradualmente libertariam 553 prisioneiros, embora não tenham declarado uma anistia. Os prisioneiros selecionados para a liberação poderiam ter que cumprir suas penas se não apresentassem "bom comportamento social". Ferrer, condenado por participar dos protestos de 11 de julho de 2021, os mais amplos desde a revolução de 1959, fez um apelo à luta por uma Cuba livre e próspera em entrevista à Radio Martí após sua soltura.
Enquanto a administração Biden parecia disposta a melhorar as relações com Cuba, a resposta do governo cubano foi cautelosa, sem garantias concretas de que as sanções econômicas seriam suspensas. A visita de representantes do Vaticano não conseguiu romper o impasse até os últimos dias da administração Biden. Apesar do otimismo em relação à liberação de Ferrer, a expectativa é que a administração Trump, que assume em breve, não mantenha o mesmo tom diplomático.
O senador Marco Rubio, indicado por Trump para o cargo de Secretário de Estado, criticou a remoção de Cuba da lista de terrorismo, afirmando que o país ainda atende aos critérios para tal classificação. Ele indicou que a nova administração provavelmente reverterá as concessões feitas por Biden, enfatizando que as decisões sobre a política em relação a Cuba seriam tomadas por Trump. O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodriguez Parrilla, alertou que a inclusão de Cuba novamente na lista de terrorismo demonstraria que essa classificação é uma ferramenta política, não um verdadeiro mecanismo de segurança.
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