Política

Cuba inicia libertação de prisioneiros políticos após retirada da lista de terrorismo dos EUA

O governo cubano libertou José Daniel Ferrer, líder opositor, após negociações com o Vaticano. A decisão segue a exclusão de Cuba da lista de países patrocinadores do terrorismo pelos EUA. Mais de 500 prisioneiros políticos devem ser soltos, em resposta à pressão internacional. Organizações de direitos humanos exigem a libertação total de prisioneiros por motivos ideológicos. A mudança de política dos EUA pode ser revertida com a nova administração de Donald Trump.

"Um homem é preso em Havana em 11 de julho de 2021. (Foto: YAMIL LAGE/AFP)"

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Na tarde de terça-feira, Bárbara Isaac Rojas recebeu uma ligação da diretora da prisão de mulheres de Guajamal, informando sobre a possível excarcelacão de suas filhas, Lisdani e Lisdiani Rodríguez, detidas após as protestas de julho de 2021. O governo cubano anunciou a libertação de 553 presos, em um movimento ligado à retirada de Cuba da lista de Estados patrocinadores do terrorismo pelos EUA. Rojas expressou incredulidade, mas confirmou que Lisdani, grávida, terá sua licença extrapenal estendida até 2029, enquanto Lisdiani receberá liberdade condicional.

A Casa Branca indicou que a decisão de retirar Cuba da lista de terrorismo e suspender o Título III da Lei Helms-Burton poderia resultar na libertação de "muitas dezenas" de presos políticos. Até o momento, ao menos 17 presos políticos foram liberados, incluindo Rowland Castillo e Reyna Yacnara Barreto Batista, detida durante as manifestações. Organizações como a Anistia Internacional exigem a libertação de todos os prisioneiros políticos, ressaltando a necessidade de garantir direitos fundamentais e acabar com a repressão.

O líder opositor José Daniel Ferrer também foi libertado, confirmando sua volta para casa e reafirmando seu compromisso com a luta pela liberdade em Cuba. Ferrer, que já havia sido preso anteriormente, foi um dos principais opositores a serem libertados nas últimas semanas. O governo cubano anunciou que continuará a liberar prisioneiros gradualmente, mas a situação permanece incerta para muitos familiares que aguardam notícias sobre seus entes queridos.

As recentes decisões do governo de Joe Biden, que incluem a flexibilização de sanções, podem ser revertidas pela administração de Donald Trump, que assume em breve. Especialistas alertam que a política de linha dura dos EUA em relação a Cuba pode ser reestabelecida, o que levanta preocupações sobre o futuro das liberdades civis na ilha. A pressão internacional e as negociações com a Igreja Católica podem influenciar o andamento das libertações, mas a situação política e econômica de Cuba continua desafiadora.

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