18 de jan 2025
Ex-chanceler alerta Brasil sobre Trump: 'Ele não é um boboca como Bolsonaro'
Aloysio Nunes alerta sobre a política migratória e tarifária de Trump, que volta ao poder. Trump promete deportações em massa e tarifas elevadas, afetando relações com o Brasil. Lula busca manter diálogo com os EUA, mas teme impacto negativo em projetos brasileiros. A comunidade brasileira nos EUA pode enfrentar novos desafios sob a gestão de Trump. Especialistas preveem efeitos econômicos adversos e tensões regionais com a volta de Trump.
O ex-chanceler Aloysio Nunes (Foto: Divulgação)
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O ex-chanceler brasileiro Aloysio Nunes expressou preocupações sobre a política migratória e tarifária que o presidente Donald Trump pode implementar em seu novo mandato. Em entrevista ao jornal O Globo, Nunes destacou que Trump se preparou para essa nova fase, elaborando um "programa assustador" que reflete uma visão agressiva dos Estados Unidos no cenário global. Ele recordou experiências passadas, como as tarifas sobre aço e alumínio e a deportação de brasileiros, que resultaram em separações familiares. Para Nunes, o Brasil deve estar "alerta" diante das possíveis consequências para a numerosa comunidade brasileira nos EUA.
Com a transição de governo nos Estados Unidos, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta incertezas nas relações bilaterais. Lula, que colaborou com Joe Biden em questões como combate ao aquecimento global e direitos trabalhistas, agora se vê diante de um Trump que critica essas mesmas pautas. A diplomacia brasileira busca fortalecer laços econômicos, mas há receios de que projetos do governo petista sejam prejudicados pela proximidade de Trump com os bolsonaristas. Além disso, a política externa americana pode se concentrar em temas como imigração e narcotráfico, deixando o Brasil em uma posição delicada.
Guilherme Casarões, cientista político, aponta que a volta de Trump pode ter três grandes efeitos: um impacto econômico negativo nas exportações brasileiras, uma nova abordagem em relação à Venezuela e uma possível aliança entre Trump e o presidente argentino Javier Milei, que pode afetar o Mercosul. A indicação de Marco Rubio como secretário de Estado também gera preocupações, dado seu histórico crítico em relação a Lula e sua visão sobre a expansão chinesa na América Latina. O fortalecimento do bolsonarismo e as pressões políticas contra autoridades brasileiras também são questões que o governo Lula precisará administrar.
Por fim, a posse de Trump promete uma era de turbulência no comércio global, com ameaças de tarifas elevadas sobre produtos de países como China, Canadá e México. As autoridades de diversos países, incluindo o Brasil, estão se preparando para possíveis retaliações. A política comercial de Trump, considerada mais radical do que a anterior, pode provocar uma guerra comercial prolongada, impactando as economias ao redor do mundo. O Brasil, no entanto, acredita que pode diversificar suas vendas para outros mercados, caso seja alvo de tarifas.
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