21 de jan 2025
Groenlândia reafirma autonomia: ‘Não queremos ser americanos’, afirma premier
O primeiro ministro da Groenlândia, Mute Egede, rejeitou anexação pelos EUA. Donald Trump mantém interesse na Groenlândia, citando segurança internacional. Dinamarca se opõe à apropriação de nações, defendendo soberania groenlandesa. A Groenlândia é estratégica por seus recursos naturais e localização militar. A retórica expansionista de Trump se estende a outras regiões, como o Panamá.
Primeiro-ministro da Groenlândia, Mute Edge, é visto em uma tela durante as gravações de um debate de TV sobre o futuro da Groenlândia (Foto: EMIL NICOLAI HELMS/Ritzau Scanpix/AFP)
Ouvir a notícia:
Groenlândia reafirma autonomia: ‘Não queremos ser americanos’, afirma premier
Ouvir a notícia
Groenlândia reafirma autonomia: ‘Não queremos ser americanos’, afirma premier - Groenlândia reafirma autonomia: ‘Não queremos ser americanos’, afirma premier
O primeiro-ministro da Groenlândia, Mute Egede, afirmou que o território autônomo da Dinamarca deseja traçar seu próprio futuro, rejeitando a ideia de se tornar parte dos Estados Unidos. Durante uma coletiva, Egede destacou: “Nós somos groenlandeses. Não queremos ser americanos. Também não queremos ser dinamarqueses.” A declaração surge em meio ao interesse do presidente Donald Trump pela ilha, que ele descreveu como “um lugar maravilhoso” e crucial para a segurança internacional.
O ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, Lars Lokke Rasmussen, também se manifestou, afirmando que “nenhum país deveria ser capaz de simplesmente se apropriar de outro.” Trump já havia demonstrado interesse pela Groenlândia em 2019, quando cancelou uma visita a Copenhague após a Dinamarca recusar a venda do território. Embora o governo de Joe Biden tenha mudado a abordagem, o interesse estratégico dos EUA na Groenlândia permanece, especialmente devido às suas reservas minerais e localização.
Os EUA mantêm uma base militar na Groenlândia, estabelecida em um acordo dos anos 1950, que serve como um centro de alerta para o sistema de defesa antimísseis. A retórica expansionista de Trump também se estende a outras áreas, como o Canal do Panamá, onde ele expressou a intenção de recuperar o controle, alegando que a China influencia a região. Além disso, Trump anunciou um decreto para renomear o Golfo do México para “Golfo da América.”
Recentemente, o governo dinamarquês decidiu aumentar os gastos com defesa na Groenlândia, em resposta às declarações de Trump. O interesse dos EUA na ilha é impulsionado não apenas por questões de segurança, mas também por suas ricas reservas de petróleo e minerais, essenciais para a indústria tecnológica. A situação continua a ser monitorada, com a Groenlândia reafirmando sua autonomia e desejo de decidir seu próprio futuro.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.