Israel inicia operação militar em Jenin enquanto trégua em Gaza continua

As Forças Armadas de Israel (FDI) iniciaram uma operação militar em Jenin, na Cisjordânia, nesta terça-feira, 21 de janeiro de 2024, resultando na morte de pelo menos seis palestinos e ferimentos em 30 outros. A ação ocorre em um contexto de cessar-fogo na Faixa de Gaza, que foi estabelecido na semana passada. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu justificou a operação, chamada de "Muro de Ferro", como uma medida para combater o terrorismo, afirmando que as forças israelenses estão agindo contra o "eixo iraniano" em diversas regiões.

A operação em Jenin, que envolve tropas, polícia e serviços de inteligência, foi desencadeada após uma série de ataques aéreos na área e representa uma escalada nas tensões na Cisjordânia, onde a presença militar israelense é significativa. O Hamas, que não controla a Cisjordânia, convocou a população a resistir à ofensiva, enquanto o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, destacou que a segurança na região foi adicionada aos objetivos de guerra do governo israelense.

Além disso, o Hamas anunciou que quatro reféns israelenses serão libertadas no sábado, 25 de janeiro, como parte do acordo de cessar-fogo. Em troca, Israel se comprometeu a libertar cerca de 90 prisioneiros palestinos. A troca de reféns é um passo importante nas negociações que visam estabelecer um cessar-fogo mais duradouro e aumentar a ajuda humanitária em Gaza.

A operação em Jenin ocorre em um momento delicado, com a Autoridade Palestina tentando reafirmar seu controle na região. A violência tem aumentado, com relatos de ataques de colonos israelenses contra palestinos, exacerbando a tensão entre as comunidades. A situação continua a ser monitorada, com a possibilidade de novas escaladas de violência enquanto o cessar-fogo em Gaza permanece em vigor.