24 de jan 2025
Operação militar israelense em Jenin gera mortes e pode comprometer cessar-fogo em Gaza
A operação "Muralha de Ferro" em Jenin resultou em pelo menos 12 mortes palestinas. A ONU criticou o uso desproporcional da força, alertando para a escalada da violência. A operação militar visa grupos militantes, mas civis desarmados foram as principais vítimas. Colonos israelenses intensificaram ataques a vilarejos palestinos, exacerbando a tensão. A situação pode comprometer o frágil cessar fogo estabelecido em Gaza, segundo analistas.
Ataque israelense atinge construções na cidade de Jenin, na Cisjordânia. (Foto: Issam Rimawi/Getty Images)
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O porta-voz do escritório de Direitos Humanos da ONU, Thameen Al-Kheetan, alertou nesta sexta-feira, 24, sobre a operação militar israelense na Cisjordânia, que resultou na morte de pelo menos 12 pessoas desde terça-feira, 21. A operação, denominada “Muralha de Ferro”, está centrada na cidade de Jenin e já forçou centenas de moradores a abandonarem suas casas, algumas das quais foram demolidas. As autoridades israelenses afirmam que a operação visa grupos militantes apoiados pelo Irã, mas a ONU expressou preocupação com a morte de civis desarmados e pediu um fim imediato à violência.
Desde o início da operação, 40 pessoas ficaram feridas, e a ONU destacou que a maioria dos mortos era composta por civis. Al-Kheetan enfatizou que as ações israelenses levantam sérias preocupações sobre o uso desproporcional da força e podem ameaçar o frágil cessar-fogo estabelecido com o Hamas na Faixa de Gaza. O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, descreveu a operação como uma resposta necessária para garantir a segurança na região, enquanto analistas sugerem que o objetivo pode ser minar a Autoridade Palestina e facilitar a expansão de assentamentos israelenses, considerados ilegais sob o direito internacional.
A operação foi lançada logo após o início de um cessar-fogo em Gaza, que permitiu a troca de reféns e prisioneiros. No entanto, a escalada de violência na Cisjordânia, incluindo ataques de colonos israelenses a vilarejos palestinos, intensificou as tensões. O exército israelense também cercou um hospital em Jenin, aumentando a preocupação com a segurança dos civis. A ONU e outras organizações internacionais condenaram os ataques e a expansão dos assentamentos, que são vistos como uma violação das normas internacionais.
A situação em Jenin é crítica, com relatos de que a cidade está quase vazia devido à fuga de moradores. A operação militar, que se intensificou nas últimas semanas, é considerada uma das mais abrangentes desde a Segunda Intifada. A ONU e grupos de direitos humanos continuam a monitorar a situação, alertando que a escalada de violência pode ter repercussões significativas para a estabilidade na região e para o cessar-fogo em Gaza.
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