Nova Gales do Sul intensifica investigações após incêndio em creche judaica em Sydney

Um centro de educação infantil em Sydney foi incendiado e pichado com graffiti antissemita na madrugada de terça-feira, 21 de janeiro. O ataque, que ocorreu por volta da 1h, deixou o prédio danificado, mas não houve feridos. Localizado próximo a uma sinagoga e uma escola judaica, o incidente é parte de uma série de ataques direcionados à comunidade judaica na Austrália, especialmente em Sydney e Melbourne, que abrigam 85% da população judaica do país.

O primeiro-ministro de Nova Gales do Sul, Chris Minns, afirmou que os responsáveis serão identificados e capturados, destacando que a polícia está aumentando os recursos para investigar crimes de ódio. “O tipo de pessoa que atacaria um australiano por causa de sua raça ou religião é completamente nojento”, declarou Minns em coletiva de imprensa. O governo estadual está preocupado com o aumento dos ataques antissemitas, que se intensificaram desde o início do conflito entre Israel e Hamas em 7 de outubro de 2023.

O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, também condenou o ataque, chamando-o de “crime cruel”. Ele enfrenta críticas por não agir com mais firmeza contra a crescente onda de crimes de ódio, que inclui uma série de incidentes em Sydney nos últimos meses. Em resposta, a polícia federal australiana criou uma força-tarefa para investigar ameaças e violência contra a comunidade judaica.

Desde o início do conflito, foram registrados diversos ataques, incluindo vandalismos e incêndios em propriedades judaicas. A polícia de Nova Gales do Sul já prendeu nove suspeitos relacionados a ataques recentes, e mais de 180 pessoas foram detidas em operações de segurança. A comunidade judaica na Austrália, que conta com cerca de 117 mil pessoas, representa menos de 0,5% da população total do país.