08 de abr 2025
Aumento alarmante de antissemitismo na Suíça francófona atinge recorde em 2024
A Suíça enfrenta um alarmante aumento de antissemitismo, com 2.000 casos registrados em 2024, refletindo uma crise crescente na Europa.
Aumentam preocupações sobre a segurança das comunidades judaicas na região. (Foto: Unsplash/Mathias Reding)
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Um novo relatório da Coordenação Intercomunitária contra o Antissemitismo e a Difamação (CICAD) revelou que a Suíça registrou cerca de 2.000 casos de antissemitismo em 2024, representando um aumento de 90% em relação ao ano anterior. A maioria dos incidentes, 72%, ocorreu nas mídias sociais, com 52,5% dos casos classificados como formas tradicionais de antissemitismo e 14,4% relacionados ao antissionismo. O aumento é atribuído à Guerra Israel-Hamas, com um pico de incidentes em maio, após a ofensiva israelense em Rafah.
A CICAD também destacou um crescimento alarmante nos atos antissemitas direcionados a estudantes judeus, incluindo discursos de ódio e agressões. Comentários como “Voltem para Auschwitz” foram relatados, e cartazes com slogans como “Intifada jusqu'à la victoire” apareceram em universidades da região. Em espaços públicos, pichações e símbolos antissemitas, como “Morte aos judeus”, foram registrados em cidades como Genebra e Lausanne.
Em junho, Genebra aprovou uma proibição de símbolos nazistas em locais públicos, mas especialistas alertam que a implementação rigorosa é essencial. Uma manifestação em Genebra atraiu cerca de 2.000 participantes, incluindo figuras políticas e membros do movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções. O desafio de equilibrar a liberdade de expressão com o combate ao antissemitismo e à incitação ao ódio continua a ser uma preocupação para as autoridades.
O Centro de Pesquisa e Informação sobre Antissemitismo registrou um aumento de 200% nos incidentes em toda a Europa, com a França apresentando um crescimento de 350%. O presidente da Federação Suíça de Comunidades Judaicas (SIG), Ralph Friedländer, afirmou que a guerra em Gaza foi um catalisador para o aumento dos atos antissemitas, que já estavam crescendo antes da reação de Israel. Apesar das estatísticas preocupantes, Friedländer destacou que a Suíça ainda é considerada mais segura em comparação a outros países europeus.
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