21 de jan 2025
Trump anuncia retirada dos EUA da OMS e gera preocupações sobre saúde global
Donald Trump anunciou a retirada dos EUA da OMS, alegando má gestão da pandemia. A decisão pode impactar severamente a saúde global, especialmente em países em desenvolvimento. A Alemanha e a União Europeia expressaram preocupação e tentam persuadir Trump a reconsiderar. Especialistas alertam que a saída dos EUA pode abrir espaço para a influência da China na OMS. A OMS lamentou a decisão e espera diálogo construtivo para manter a parceria com os EUA.
"O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. (Foto: UNRESTRICTED POOL)"
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na segunda-feira (20) a retirada do país da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma decisão que ocorre logo após sua posse para um segundo mandato. Em sua justificativa, Trump citou a "má gestão da pandemia de COVID-19" pela OMS e alegou que a organização exige "pagamentos injustamente onerosos" dos EUA, que atualmente contribuem com cerca de US$ 500 milhões anuais, representando aproximadamente 18% do orçamento total da OMS. A saída dos EUA, que deve ser concluída em um ano, pode impactar severamente o financiamento de programas essenciais da organização, especialmente em países em desenvolvimento.
A OMS lamentou a decisão e expressou esperança de que os EUA reconsiderem, destacando que a retirada representa um "golpe sério" na saúde global. Especialistas alertam que a saída dos EUA pode abrir espaço para que a China assuma um papel de liderança na saúde global, uma vez que o país já demonstrou capacidade técnica e econômica significativa. O professor Vitelio Brustolin, da Universidade Federal Fluminense, enfatizou que a retirada dos EUA pode resultar em uma perda de 20% do orçamento da OMS, prejudicando ações de combate a doenças como HIV, tuberculose e malária.
Além disso, a decisão de Trump de se retirar da OMS é vista como parte de uma tendência mais ampla de isolamento dos EUA em relação a acordos multilaterais, incluindo a saída do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas. A falta de envolvimento dos EUA em organizações internacionais pode comprometer a capacidade global de resposta a emergências de saúde pública, como surtos de doenças infecciosas. A OMS, que já enfrentou críticas por sua resposta à pandemia, agora se vê em uma posição ainda mais vulnerável sem o apoio financeiro e técnico dos EUA.
A medida de Trump também levanta questões sobre o futuro da cooperação internacional em saúde e a eficácia da OMS em lidar com crises globais. A retirada dos EUA não apenas afeta o financiamento, mas também a troca de informações e a colaboração em pesquisas, essenciais para o combate a pandemias. A OMS, que já desempenhou um papel crucial na erradicação da varíola e na resposta a surtos de ebola, agora enfrenta um desafio significativo em manter sua eficácia sem o apoio dos EUA.
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