Política

Congo denuncia 'declaração de guerra' de Ruanda após avanço de tropas em Goma

A chanceler da RDC, Thérèse Kayikwamba Wagner, denunciou tropas ruandesas como "declaração de guerra". O M23 capturou Goma, forçando milhares a fugir e intensificando a crise humanitária. A RDC rompeu relações diplomáticas com Ruanda, exigindo sanções internacionais. O Conselho de Segurança da ONU convocou reunião de emergência devido à escalada do conflito. A situação em Goma reflete a fragilidade do Estado congolês e o risco de guerra regional.

Capacetes azuis da ONU retiram pessoal não essencial de Goma, na RDC (Foto: AFP)

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A chanceler da República Democrática do Congo (RDC), Thérèse Kayikwamba Wagner, denunciou a entrada de tropas de Ruanda em seu país, classificando a ação como "uma declaração de guerra." Durante uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, ela afirmou que as tropas cruzaram a fronteira em plena luz do dia, violando a soberania da RDC. Thérèse pediu sanções políticas e econômicas contra Ruanda, incluindo o congelamento de ativos e um embargo às exportações de minerais rotulados como ruandeses, em resposta ao apoio do país ao grupo rebelde M23, que avança em direção à capital da província de Kivu do Norte, Goma.

A situação em Goma, cidade com cerca de um milhão de habitantes, se agravou com a recente ofensiva do M23, que, segundo a ONU, conta com mais de 3 mil soldados ruandeses. O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, pediu a retirada das forças ruandesas e alertou sobre as obrigações das partes em conflito sob o direito humanitário internacional. A escalada da violência resultou na morte de treze membros das forças de paz da ONU e no deslocamento de milhares de civis, aumentando a crise humanitária na região.

Os rebeldes do M23 afirmaram ter capturado Goma, após um avanço rápido que forçou muitos a deixarem suas casas. O porta-voz do M23, Lawrence Kanyuka, pediu calma aos moradores, mas testemunhas relataram disparos e a presença de combatentes no centro da cidade. A equipe da missão de paz da ONU, Monusco, começou a evacuar seus membros pela fronteira com Ruanda. A crise humanitária se agrava, com mais de um terço da população do Kivu do Norte deslocada.

A RDC cortou laços diplomáticos com Ruanda, acusando o país de apoiar o M23. O governo ruandês nega as acusações, mas reconheceu a presença de suas tropas na região. A situação em Goma continua tensa, com relatos de bombardeios e deslocamentos em massa. A comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos, condenou a ofensiva e pediu um cessar-fogo, enquanto a ONU se prepara para uma reunião de emergência para discutir a escalada do conflito.

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