Política

M23 declara cessar-fogo na República Democrática do Congo após semana de intensos combates

O grupo rebelde M23 declarou cessar fogo humanitário a partir de 4 de dezembro. A trégua surge após confrontos em Goma que deixaram cerca de 900 mortos. O governo da RDC considera a trégua não genuína e acusa Ruanda de apoio ao M23. A ONU estima que entre 3 mil e 4 mil soldados ruandeses estão no leste da RDC. A situação humanitária é crítica, com hospitais sobrecarregados e deslocados em massa.

Combatentes do grupo rebelde M23 em Goma, na República Democrática do Congo (RDC). (Foto: Daniel Buuma/Getty Images)

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O grupo rebelde M23, apoiado por Ruanda, anunciou um cessar-fogo humanitário na República Democrática do Congo (RDC) a partir de hoje, 4 de fevereiro de 2025. A decisão ocorre após intensos confrontos com as forças armadas congolesas, que resultaram em cerca de 900 mortes e deslocaram centenas de milhares de pessoas. A coalizão Alliance Fleuve Congo (AFC), que inclui o M23, declarou a trégua em resposta à crise humanitária gerada pelo governo de Kinshasa, afirmando que não pretende capturar Bukavu, capital da província vizinha de Kivu do Sul.

O general Sylvain Ekenge, porta-voz das Forças Armadas da RDC, contestou a sinceridade do cessar-fogo, afirmando que é uma estratégia para enganar a comunidade internacional. Ele questionou a credibilidade de Ruanda, que é acusada de apoiar os rebeldes, e destacou que a situação em Goma, onde os combates ocorreram, permanece crítica. As Nações Unidas estimam que entre 3 mil e 4 mil soldados ruandeses estão presentes na região, apoiando o M23.

A trégua foi anunciada dias antes de uma cúpula regional que contará com a presença dos presidentes da RDC e de Ruanda. O presidente congolês, Félix Tshisekedi, prometeu uma resposta firme contra o M23, que ele descreveu como um "fantoche" de Ruanda. Enquanto isso, a situação humanitária em Goma se agrava, com hospitais sobrecarregados e a necessidade urgente de suprimentos médicos e alimentos.

O M23, que já havia tomado Goma em 2012, é um dos muitos grupos armados na RDC, e sua recente ofensiva destaca a instabilidade contínua na região. A ONU e organizações humanitárias estão preocupadas com a disseminação de doenças e a falta de acesso a cuidados médicos, enquanto a violência continua a forçar o deslocamento de milhares de civis. A situação permanece tensa, com a possibilidade de novos confrontos à medida que as negociações se aproximam.

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