Política

Trump impõe sua vontade global e provoca reações em países aliados e emergentes

A deportação de brasileiros e a pressão sobre a Colômbia refletem a política de Trump. A Colômbia aceitou deportações após ameaças de tarifas de 25% nas importações. A postura unilateral de Trump enfraquece acordos internacionais e organizações. O Brasil deve manter uma postura diplomática e estratégica diante das ameaças. A doutrina Trump gera incertezas e pode levar países a buscar laços com a China.

Victor do Prado, Conselheiro Consultivo Internacional do CEBRI. Ele é ex-diretor do Conselho e do Comitê de Negociações Comerciais da Organização Mundial do Comércio (OMC). (Foto: divulgação)

Victor do Prado, Conselheiro Consultivo Internacional do CEBRI. Ele é ex-diretor do Conselho e do Comitê de Negociações Comerciais da Organização Mundial do Comércio (OMC). (Foto: divulgação)

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A recente deportação de brasileiros e outros latino-americanos dos Estados Unidos, juntamente com as ameaças contra a Colômbia, reflete a nova política internacional de Donald Trump. O ex-diplomata Victor do Prado, que atuou na Organização Mundial do Comércio (OMC), destaca que essa postura enfraquece as organizações internacionais, desrespeitando acordos, como a saída da OMS. Ele afirma que o Brasil não aceitaria o tratamento degradante dos deportados, ressaltando que não houve um acordo claro sobre as condições de repatriação.

A situação com a Colômbia é alarmante, pois Trump ameaçou aumentar tarifas de importação em 25%, desconsiderando um acordo comercial existente. Essa ação unilateral viola as regras da OMC e demonstra uma utilização de instrumentos econômicos para fins políticos. Do Prado observa que o comportamento de Trump é inédito desde a Segunda Guerra Mundial, caracterizando uma postura de poder hegemônico que ignora normas internacionais.

O ministro da Justiça do Brasil, Ricardo Lewandowski, defende uma reação sóbria do país, evitando conflitos com os EUA. Para o Brasil, é crucial manter uma postura diplomática e estratégica, especialmente diante de um governo americano mais agressivo. O conceito de "bi-globalização" é mencionado, onde os EUA e a China se tornam os principais polos, e o Brasil deve diversificar suas exportações para reduzir vulnerabilidades.

A doutrina Trump, que combina interesse próprio e nacionalismo, está sendo testada em várias nações. A Colômbia, após ceder às demandas de Trump, parece buscar novos laços, possivelmente com a China, enquanto outros países, como a Índia, tentam se adaptar à nova realidade. A resposta da China às tarifas americanas indica uma crescente rivalidade, e muitos países estão adotando uma abordagem pragmática para lidar com as exigências de Trump, avaliando cuidadosamente os custos e benefícios de suas relações com os EUA.

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