Política

Sonderkommandos: a dolorosa história dos judeus forçados a trabalhar no Holocausto

Dario Gabbai, um dos últimos sobreviventes de Auschwitz, foi Sonderkommando. A BBC destaca a pesquisa de Gideon Greif, recontextualizando os Sonderkommandos. Greif documentou experiências de resistência e a rebelião de 1944 no campo. Menos de 100 Sonderkommandos sobreviveram ao Holocausto, enfrentando horrores. Greif luta para mudar a percepção, afirmando que eles foram vítimas, não cúmplices.

Sonderkommandos (Foto: Reprodução)

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Dario Gabbai, ex-prisioneiro do campo de concentração de Auschwitz, recordou sua experiência como membro do Sonderkommando, a unidade forçada a retirar os corpos das câmaras de gás para os fornos. Em entrevista à BBC antes de sua morte em 2020, Gabbai destacou a brutalidade do Holocausto, que resultou no assassinato de seis milhões de judeus. No 80º aniversário da libertação de Auschwitz, a história dos Sonderkommandos é reexaminada, revelando a complexidade de suas experiências e a necessidade de reavaliar sua imagem.

Os Sonderkommandos, compostos por prisioneiros judeus de 16 países, foram criados para acelerar as execuções em campos de extermínio como Auschwitz-Birkenau. Historicamente vistos como colaboradores, muitos pesquisadores, como o historiador Gideon Greif, argumentam que eles eram, na verdade, vítimas do regime nazista. Greif documentou a experiência de 31 Sonderkommandos e enfatizou que a decisão de usar judeus para essas tarefas foi uma estratégia cruel dos nazistas para compartilhar a culpa.

Gabbai e outros membros do Sonderkommando enfrentaram punições severas por qualquer erro, com a SS frequentemente executando prisioneiros para intimidar os demais. O trabalho era marcado por um estado constante de choque, com muitos testemunhando o assassinato de milhares diariamente. Apesar das condições extremas, alguns conseguiram manter a dignidade das vítimas, realizando rituais religiosos sempre que possível.

Após a guerra, os sobreviventes do Sonderkommando, como Gabbai, buscaram justiça e contaram suas histórias. Documentos conhecidos como "pergaminhos de Auschwitz" revelaram a escala dos crimes cometidos. Greif, que dedicou sua vida a mudar a percepção sobre os Sonderkommandos, afirmou que nenhum criminoso nazista deve morrer impune. Gabbai, o último sobrevivente do Sonderkommando, viveu em Los Angeles e expressou seu desejo de contar ao mundo sobre os horrores que presenciou.

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