Política

ONU reafirma que UNRWA seguirá suas atividades em territórios palestinos apesar de proibição israelense

A UNRWA continua suas operações em Gaza e na Cisjordânia, apesar da nova lei israelense. Israel rompeu laços com a UNRWA, acusando a de acobertar o Hamas após ataques. O governo norueguês anunciou ajuda de US$ 24 milhões à UNRWA em resposta à crise. A Turquia denunciou a ação israelense como violação do direito internacional. A ONU considera a UNRWA "insubstituível" para serviços essenciais aos palestinos.

A bandeira das Nações Unidas tremula no topo da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) (Foto: Ahmad GHARABLI / AFP)

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A Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA) mantém suas operações nos territórios palestinos, incluindo Jerusalém Oriental, mesmo após a nova legislação israelense que rompeu vínculos com a organização. O porta-voz do secretário-geral da ONU, Stéphane Dujarric, afirmou que as clínicas da UNRWA na Cisjordânia e em Gaza continuam funcionando, embora os funcionários estrangeiros tenham deixado Israel. Ele destacou que a UNRWA seguirá cumprindo seu mandato até que não possa mais fazê-lo.

Israel cortou relações com a UNRWA após acusações de que a agência teria acobertado combatentes do Hamas durante o ataque de 7 de outubro de 2023, que deu início à guerra em Gaza. A decisão, apoiada pelos Estados Unidos, foi considerada pela ONU como uma ameaça aos serviços essenciais prestados pela agência, que atende cerca de seis milhões de palestinos. A Suprema Corte de Israel rejeitou um pedido para suspender as novas leis, afirmando que elas se aplicam apenas ao território soberano de Israel.

Após a entrada em vigor da legislação, o governo da Noruega anunciou um aporte de US$ 24 milhões (R$ 141 milhões) à UNRWA, destacando a necessidade urgente de ajuda em Gaza. Em contrapartida, a Turquia denunciou a medida como uma violação do direito internacional, afirmando que representa uma nova fase nas políticas de ocupação israelense. A UNRWA, criada em 1949, fornece serviços de saúde e educação a refugiados palestinos em várias regiões, incluindo Gaza e Líbano.

A situação em Jerusalém Oriental é complexa, com o embaixador israelense na ONU exigindo a desocupação de prédios utilizados pela UNRWA até 30 de janeiro. No entanto, a UNRWA continuará suas atividades no campo de refugiados de Shuafat. O secretário-geral da ONU, António Guterres, lamentou a decisão de Israel e pediu que o país recuasse, ressaltando que a UNRWA é "insubstituível". O governo israelense considera a proibição uma vitória política, alegando que a UNRWA está infiltrada por membros do Hamas, o que gerou investigações e a suspensão de financiamentos por alguns doadores.

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