Política

Kara-Murza alerta: ‘Putin só entende o idioma da força’ em defesa da democracia

Vladímir Kara Murza, opositor a Putin, foi libertado após dois anos na prisão. Ele critica o apaziguamento com Putin e defende os interesses da Ucrânia. Kara Murza destaca que a estratégia de força é essencial para lidar com ditadores. Ele alerta sobre a crescente repressão na Rússia, com quase 1.400 prisioneiros políticos. O ex preso acredita que a Rússia se tornará democrática, apesar do autoritarismo atual.

"El opositor russo Vladímir Kara-Murza, no último sábado em Madrid. (Foto: Moeh Atitar)"

"El opositor russo Vladímir Kara-Murza, no último sábado em Madrid. (Foto: Moeh Atitar)"

Ouvir a notícia

Kara-Murza alerta: ‘Putin só entende o idioma da força’ em defesa da democracia - Kara-Murza alerta: ‘Putin só entende o idioma da força’ em defesa da democracia

0:000:00

Vladímir Kara-Murza, opositor ao presidente russo Vladimir Putin, foi visto em Madrid, demonstrando um ar despreocupado após sua libertação em agosto de 2023. Ele passou mais de dois anos preso, condenado a 25 anos por alta traição, por denunciar crimes de guerra russos na Ucrânia. Durante sua detenção, teve contato limitado com sua família, o que ele descreve como uma forma de tortura psicológica. Kara-Murza, que possui cidadania russa e britânica, usou seu tempo na prisão para aprender espanhol, o que lhe permite se comunicar em um novo idioma.

Em sua visita à Espanha, Kara-Murza criticou a ideia de apaziguamento com líderes autoritários, afirmando que isso é visto como fraqueza. Ele destacou que a história mostra que acordos com ditadores frequentemente levam a mais agressões. O opositor acredita que um pacto sobre a Ucrânia é provável, mas enfatiza que deve incluir garantias de segurança reais e a libertação de prisioneiros políticos. Ele também alertou que a situação na Ucrânia é crítica, com o Ocidente mostrando fissuras em seu apoio.

Kara-Murza expressou otimismo sobre o futuro da Rússia, afirmando que a história não pode ser interrompida e que o país se tornará democrático, independentemente da vontade de Putin. Ele comparou a situação atual com a Europa de quatro décadas atrás, onde muitos países estavam sob regimes autoritários. O dissidente também comentou sobre o recente intercâmbio de prisioneiros que o libertou, reconhecendo a complexidade da decisão, mas ressaltando que salvou vidas de opositores ao regime.

Por fim, Kara-Murza rejeitou a ideia de estar desconectado da realidade russa, argumentando que a repressão intensa do Kremlin indica que a oposição é mais significativa do que o governo admite. Ele defendeu que a propaganda do governo tenta criar uma imagem de apoio total a Putin, mas a repressão sugere o contrário. O opositor, que recebeu o prêmio Václav Havel de Direitos Humanos em 2022, continua a lutar pela liberdade e democracia em seu país.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela