19 de abr 2025
Jovem é condenada a quase três anos de prisão por criticar o exército russo em São Petersburgo
Ativista Darya Kozyreva é condenada a quase três anos de prisão por criticar o exército russo, destacando a repressão à dissidência na Rússia.
Foto de um perfil de Darya Trepova nas redes sociais (Foto: Anastasia Barashkova/Reuters)
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Ativista russa é condenada a quase três anos de prisão por críticas à guerra
Um tribunal de São Petersburgo condenou Darya Kozyreva, de 19 anos, a dois anos e oito meses em uma colônia penal. A acusação foi de “desacreditar” o exército russo, após a ativista colar uma citação de um poeta ucraniano em um monumento público.
Kozyreva foi presa em 24 de fevereiro de 2024. Ela colou um verso do poeta ucraniano Taras Shevchenko em um monumento na cidade. O trecho, do poema “Meu Testamento”, faz referência à liberdade e à luta contra a tirania.
Segundo caso aberto contra a ativista
Além da acusação relacionada ao monumento, um segundo processo foi aberto contra Kozyreva em agosto de 2024. A ativista chamou a guerra da Rússia na Ucrânia de “monstruosa” e “criminosa” em entrevista à Rádio Europa Livre.
Histórico de protestos e punições
Darya Kozyreva já havia sido detida em dezembro de 2022. Na ocasião, ela escreveu mensagens contra a guerra em uma instalação artística que simbolizava a união entre São Petersburgo e Mariupol, na Ucrânia.
Um ano depois, foi multada e expulsa da universidade por discutir a “natureza imperialista da guerra” em uma rede social russa. A organização Memorial, de direitos humanos, a descreveu como prisioneira política.
Condenação é criticada por organizações de direitos humanos
A Anistia Internacional condenou a sentença, afirmando que demonstra o quão longe as autoridades russas estão dispostas a ir para silenciar a oposição à guerra. Natalia Zviagina, diretora da Anistia Internacional para a Rússia, declarou que Kozyreva está sendo punida por citar um clássico da poesia ucraniana e por se manifestar contra o conflito.
Repressão à dissidência na Rússia
A Rússia tem um histórico de repressão à dissidência antiguerra. Segundo o OVD-Info, pelo menos 35 menores de idade enfrentaram acusações criminais por motivação política desde 2009. Mais de 1.500 pessoas estão presas por motivos políticos no país.
Entre o início do conflito e dezembro de 2024, mais de 20 mil pessoas foram detidas por expressarem opiniões contrárias à guerra. Cerca de 9.369 casos foram registrados como “descrédito do exército”.
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