Política

Serguéi Medvedev critica apoio da sociedade russa à guerra e descarta retorno ao país

A normalização da guerra na Ucrânia é apoiada pela sociedade russa, afirma o exilado Serguéi Medvedev, que critica a falta de dissidência.

El profesor y ensayista exiliado ruso Serguéi Medvedev posaba este jueves durante la entrevista celebrada en Madrid. (Foto: Álvaro García)

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O jornalista Serguéi Medvedev, considerado "agente estrangeiro" pelo Kremlin, vive exilado em Praga desde março de 2022. Ele critica a normalização da guerra na Ucrânia e afirma que a sociedade russa apoia o conflito, não reconhecendo os ucranianos como uma nação independente.

Medvedev, de cinquenta e oito anos, enfrenta uma ordem de prisão na Rússia por suposta "difamação" contra o exército. Em entrevista, ele declarou que não pretende retornar ao seu país, mesmo que haja um resgate da democracia, devido ao ambiente tóxico. Para ele, ser russo atualmente é sinônimo de "responsabilidade e culpabilidade".

Durante uma conferência em Madrid, Medvedev destacou que a guerra na Ucrânia é vista pela população russa como uma continuação da Segunda Guerra Mundial. Ele acredita que a Rússia, um "império doente e decadente", não aceita seu fim e vive uma nostalgia imperial. A guerra é amplamente aceita pela sociedade, que vê os ucranianos como traidores.

Medvedev afirmou que a invasão da Ucrânia não pode ser dissociada do apoio popular. "Não é a guerra de Putin, mas a guerra da Rússia", disse ele, ressaltando que a população se beneficia do conflito. Ele comparou a situação atual à Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial, onde a guerra era apoiada pela sociedade.

O jornalista também comentou que, mesmo com a possível saída de Putin, a guerra continuaria. "A inércia da guerra é tal que Putin não pode detê-la", afirmou. Ele alertou que há um plano maior para desestabilizar a Europa, e que a população russa aceita o que a propaganda estatal diz.

Medvedev concluiu que a verdadeira mudança deve vir de dentro da Rússia, pois a oposição no exílio não representa uma ameaça significativa ao regime. Ele descreveu a sociedade russa como "servil", sem independência, e afirmou que a repressão continua a moldar a identidade nacional.

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